segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Jornalista lança livro sobre a Época da Ditadura no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói

O lançamento do livro " Niterói na Época da Ditadura ", será no dia 15 de agosto de 2019, às 18h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói.
No dia 1º de abril de 1964, depois das tropas do General Mourão Filho terem derrubado o Governo João Goulart, o deputado estadual Afonso Celso Nogueira Monteiro discursou nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no centro de Niterói, então capital fluminense. Era o começo da resistência na cidade ao golpe militar. O Ginásio Caio Martins, em Icaraí, foi o primeiro estádio nas Américas usado como presídio político. Esta história é lembrada no livro “Niterói na época da ditadura”,  do jornalista Anderson Carlos Madeira de Carvalho, de 46 anos, a ser lançado no próximo dia 15 de agosto, às 18h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro. 
O livro conta como os 'anos de chumbo' impactaram a cidade e seus moradores. Assim como o restante da nação, vários niteroienses passaram a viver um período de terror. Já não era mais possível reunir três amigos na rua para um bate papo. Nem criticar o governo, tampouco falar de política. Todos passaram a desconfiar de todos. O clima era de medo. Professores, advogados, artistas, jornalistas, políticos e diversos profissionais com uma postura política atuante foram presos, perseguidos e torturados, além de terem a carreira interrompida. Estudantes universitários foram expulsos de suas faculdades. Sindicatos foram invadidos e sofreram intervenção.
Este livro é fruto de um trabalho de três anos, em que o autor ouviu sobreviventes daquele período e pesquisou em livros, jornais e revistas da época, além de consultar a biblioteca da Assembleia Legislativa do Rio e o arquivo da Câmara Municipal de Niterói. Teve ainda acesso aos relatórios da Comissão da Verdade de Niterói e o da Comissão da Verdade do Sindicato do Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, além de documentos do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). A publicação é da Gramma Editora e o preço de capa é de R$ 60.
“O livro surgiu após uma série de entrevistas que fiz entre fevereiro e abril de 2014, para o jornal A Tribuna, intitulada 'Os sobreviventes de 1964', com ex-presos políticos da cidade. Vi que tinha uma grande história em mãos e que seria esquecida rapidamente se fosse publicada apenas em jornal, que no dia seguinte, vira embrulho para peixe. No momento atual, não só quem mora em Niterói, mas, todo mundo, precisa saber o que aconteceu”, conta o autor.

Sobre o autor:

Nascido em Petrópolis (RJ), onde passou a infância e parte da adolescência, Anderson Carlos Madeira de Carvalho formou-se em Jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), onde morou durante 30 anos. Hoje, mora no Rio de Janeiro. Com 22 anos de profissão, passou por diversos veículos, como os jornais diários O Fluminense e A Tribuna, ambos em Niterói, e em O Itaboraí, como repórter, além de ter sido produtor nas emissoras de televisão Vinde TV (Rio de Janeiro) e Canal 36 (Niterói) e assessor de imprensa na Associação das Empresas da Região Oceânica de Niterói, no Procon RJ e na Prefeitura de São Gonçalo. O livro “Niterói na época da ditadura” é a sua obra de estreia.



Serviço
Lançamento do livro " Niterói na Época da Ditadura "
Dia: 15 de agosto
Horário: 18h30
Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói
Avenida Ernani do Amaral Peixoto - Centro de Niterói

MAC Niterói promove seminário sobre negra presença na arte


O Museu de Arte Contemporânea de Niterói e o Ipeafro realizam, de 15 a 17 de agosto, a partir das 13h, o seminário “Negra presença: arte, política, estética e curadoria”, que encerra a programação da exposição "Abdias Nascimento: um espírito libertador", em cartaz no MAC. No programa, conferências e mesas de debate, com a presença de pesquisadores, artistas e curadores, como o brasileiro-congolês Kabengele Munanga e o brasileiro Muniz Sodré, entre outros.
Quem assina a curadoria é Raquel Barreto – historiadora e doutoranda pela Universidade Federal Fluminense.
 A mesa de abertura do Seminário, no dia 15, às 13h30, conta com as presenças do Diretor do MAC Niterói, Marcelo Velloso; da Diretora do IPEAFRO, Elisa Larkin; da Diretora de Cidadania, Diversidade e Territórios da Fundação de Arte de Niterói, Roberta Martins; e da curadora Raquel Barreto.
“O MAC cumpre com esse seminário seu papel de museu público: ser um espaço de debate democrático sobre a arte, sobre a representatividade na arte, sobre a ocupação dos espaços institucionais de arte. Junto com o Ipeafro, partimos da discussão do legado de Abdias Nascimento para uma reflexão sobre a negra presença na arte no Brasil e no mundo. Com o seminário, pretendemos discutir essa presença do ponto de vista estético, político e histórico tanto na produção artística quanto na curadoria. O momento da exposição de Abdias no MAC é simbólico e oportuno para o debate sobre arte e cultura afro-brasileira. Além de ser um grande nome do movimento negro como ativista, intelectual, escritor e artista, temos no momento sua primeira mostra individual em um museu de arte contemporânea no país”, afirma Marcelo Velloso.
Para Raquel Barreto, o diálogo entre o Seminário e a exposição em cartaz permite um pensar mais amplo acerca das questões que atravessam o campo das artes visuais. “O programa propõe discutir assuntos que permeiam a área da curadoria e identificar as relações possíveis entre estética, política e ativismo. Pensar um pouco da arte negra no Brasil. O Brasil ainda tem uma reconciliação histórica a fazer com os afrodescendentes e com os povos originários. E o Seminário vai proporcionar os mais diversos questionamentos em relação ao tema”.

Seminário NEGRA PRESENÇA: ARTE, POLÍTICA, ESTÉTICA E CURADORIA

15 de agosto (5ª feira)
Das 13h30 às 14h – Mesa de abertura - Marcelo Velloso (MAC Niterói) - Elisa Larkin (IPEAFRO) - Roberta Martins (Fundação de Arte de Niterói) - Raquel Barreto (curadora do Seminário)

Das 14h às 15h30 – Conferência: Abdias Nascimento: artes, política e ancestralidade africana
Conferencista: Prof. Kabengele Munanga

Das 16h às 18h – Mesa de debate: Estética, política e artistas negros
Conferencistas: Carmen Luz, Filó e Haroldo Costa.
Mediação: Julio Cesar Tavares

16 de agosto (6ª feira)
Das 14h às 15h30 – Conferência: Emory Douglas: arte e ativismo no Partido dos Panteras Negras - Conferencista: Raquel Barreto

Das 16h às 18h – Mesa de debate: A presença negra na curadoria: desafios e perspectivas
Conferencistas: Helio Menezes e Marcelo Campos
Mediação: Thaís Rocha

18h - Performance - Labirito de luzes, por Reginald Adams

17 de agosto (sábado)
Das 14h às 15h30
Conferência: Corpo e dança na cultura nagô
Conferencista: Prof. Muniz Sodré

Das 16h às 18h00 – Roda de conversa: Arte e artistas negras na contemporaneidade participação de: Coletiva Trovoa, Coletivo Rato Preto, Mariah Rafaela, Milena Lizia e outras.  
Mediação: Keyna Eleison

Sobre Kabengele Munanga:


antropólogo e professor brasileiro-congolês. Especialista em antropologia da população afro-brasileira, com especial foco na questão do racismo na sociedade brasileira, é graduado pela Université Oficielle du Congo (1969) e doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo (1977). Kabengele nasceu em 1942 na aldeia de Bakwa Kalonji, no Congo Belga, membro dos lubas. Em 1964, ingressou no curso de Ciências Sociais da Universidade Oficial do Congo, em Lubumbashi, inscrevendo-se dois anos depois no recém-criado curso de Antropologia. Ao terminar a graduação em 1969, foi convidado para fazer mestrado na Universidade de Lovaina, na Bélgica. Kabengele voltou ao Congo para terminar sua dissertação, mas não pode concluí-la, pois o domínio político da ditadura da recém-criada República do Zaire sobre a universidade o impediu. Chegou ao Brasil por convite do professor Fernando Mourão, da Universidade de São Paulo, onde terminou seu doutorado. Em 1980, assumiu a cadeira de Antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e no ano seguinte, mudou-se para São Paulo, onde, além de lecionar antropologia da Faculdade de Filosofia, vice-diretor do Museu de Arte Contemporânea, foi diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia e do Centro de Estudos Africanos da USP. Agraciado com a Ordem do Mérito Cultural em 2002, é autor de cinco livros: Negritude: Usos e Sentidos (1988); Racismo: Perspectivas Para Um Estudo Contextualizado Da Sociedade Brasileira (co-escrito com Carlos Alberto Hasenblag e Lilia Moritz Schwarcz, 1998); Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra (1999); "O Negro no Brasil de Hoje" (co-escrito com Nilma Lino Gomes, 2006); e Origens Africanas do Brasil Contemporâneo (2009). 

Sobre Muniz Sodré:


Bahiano de São Gonçalo dos Campos, é jornalista, sociólogo e tradutor. Pesquisador no campo da comunicação e do jornalismo, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação, e exerceu de 2005 a 2011, o cargo de Presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Seu interesse teórico centra-se na produção da cultura, tanto em nível industrial - isto é, o que se produz no campo tradicionalmente abarcado pelo nome, já algo defasado, de indústria cultural, ou simplesmente "mídia" - quanto no nível das expressões simbólicas de origem popular. Dirigiu a TV Educativa e publicou quase uma centena de livros e artigos, na área da comunicação (jornalismo em especial), mas também livros de ficção e um romance ("O bicho que chegou a feira"). Algumas obras tornaram-no mais conhecido, como "Monopólio da Fala" (sobre o discurso da televisão) e "Comunicação do Grotesco" (sobre programas de TV que exploram escândalos e aberrações). Um dos poucos teóricos brasileiros na área de comunicação que têm circulação e respeitabilidade no exterior, Muniz Sodré é professor e palestrante de diversas instituições em países como Suécia, França, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Peru dentre outros. É membro de várias associações científicas, entre as quais a Association Internationale des Sociologues de Langue Française (sede em Toulouse, França). Na Escola de Comunicação, é membro do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária (LECC), que trabalha as questões da comunidade e das possibilidades de uma comunicação alternativa. Alguns de seus livros são traduzidos em países como Itália, Bélgica, Espanha, Cuba e Argentina.

O MAC Niterói fica no Mirante da Boa Viagem, sem número
Informação: (21) 2620-2400

A obra de Scholastique Mukasonga em destaque no clube de leitura "Leia Mulheres"


No dia 18 de agosto, domingo, das 15h às 17h, acontece o encontro do clube de leitura "Leia Mulheres", roda de leituras focada em autoras mulheres do Solar do Jambeiro. Neste mês, o livro a ser debatido é "A mulher de pés descalços" da escritora tutsi de Ruanda, Scholastique Mukasonga, uma sobrevivente dos massacres em seu país natal ocorridos na década de 1990. A entrada é gratuita. 
O grupo faz reuniões mensalmente, onde os participantes se encontram para debater a obra do mês. Os livros são escolhidos presencialmente pelos integrantes, com pelo menos três meses de antecedência. Além disso, o "Leia Mulheres" evita trazer autoras repetidas e tenta diversificar suas escolhas pensando no país de origem das escritoras, sua etnia e sua orientação sexual, por exemplo. 
Nascida em 1956, Scholastique Mukasonga conviveu desde a infância com a violência e a discriminação oriundas dos conflitos étnicos em seu país. Em 1960, sua família foi forçada a ir viver em Bugeresa, uma das áreas mais pobres e inóspitas de Ruanda. Dois anos antes da Guerra Civil que devastou seu país, Mukasonga mudou-se para a França, onde vive até hoje, e publicou o livro autobiográfico "Inyenzi ou les Cafards", que marcou sua entrada na literatura, em 2006. 
O romance "A mulher de pés descalços" (La femme aux pieds nus, 2008) foi escrito em memória de Stefania, a mãe da escritora, assassinada pelos hutus, durante os conflitos. Naquele momento, Scholastique Mukasonga já estava radicada na França, e viu à distância sua família ser dizimada. Escritora e ativista da diáspora negra, ela toma para si o chamamento para dar voz à dor e à perda. Às lembranças de um paraíso perdido, onde Stefania era uma senhora alegre e casamenteira, que dava conselhos às moças em torno do amor e da vida matrimonial, se mesclam imagens terríveis, como o medo constante e busca de esconderijos seguros para salvar seus filhos do extermínio. O título do livro remete ao fato de que, contrariando uma tradição local, pela ausência da filha, Stefania morreu com os pés descalços. 



SERVIÇO
Leia Mulheres

Leitura de "A mulher de pés descalços" de Scholastique Mukasonga  
Data: 18 de agosto, domingo
Horário: 15h
Classificação indicativa: Livre
Solar do Jambeiro
Rua Presidente Domiciano, 195, Boa Viagem
ENTRADA GRATUITA

Elke Maravilha ganha exposição em sua homenagem no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno


Uma especial e merecida homenagem a uma das principais artistas, falecida em 2016. Esta foi a ideia do amigo e artista Uly Riber ao organizar a exposição “Elke, Maravilha de Mulher”, dedicada a Elke Maravilha – russa, com cidadania alemã, radicada no Brasil. A mostra será aberta, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no dia 17 de agosto, sábado, às 18h, mês em que Elke faleceu, aos 71 anos.
 A exposição apresenta dez rostos da artista, clicados por Uly de 1990 a 2016, além de flashes do cotidiano de Elke, alegremente entre amigos, incluindo o próprio fotógrafo. Registro do último aniversário dela (22 de fevereiro de 2016) – no apartamento do Leme, no Rio – também fará parte da mostra, bem como alguns objetos e roupas que muito demonstram a extravagância criada por ela mesma, fantasia verdadeira de Elke Maravilha.
Atriz, cantora, lutadeira no viver, Elke Grunupp – mais conhecida como Elke Maravilha – tem seu trabalho reconhecido no teatro, cinema e televisão. Talento, simpatia, sinceridade, graça e alegria inigualáveis, a artista permanece no coração brasileiro. Sempre a distribuir beijos, abraços, poses, clics, gargalhadas, por plateias e ruas, tornou inesquecível o simples-afetuoso “Oi, Criança!”
Sobre o artista
Uly Riber, ator, jornalista, poeta, fotógrafo profissional, realizou em 1983, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, a sua 1ª Mostra Fotográfica – Uly, Trilogia de Grandes Momentos, com cenas de nomes importantes da MPB. Já abriu cerca de 150 individuais no Brasil e no exterior. Em Niterói, apresentou, ainda, ‘Caras de Anjo, Mulheres, Mães e Filhos, Brincando com as Cores, Raízes’. Foi indicado ao Prêmio Sharp 1989, pela foto de Angela Roro para a capa do disco ‘Prova de Amor’. Atualmente, desenvolve três projetos artísticos – ‘Olhar o Mar e Terra que te quero Cores’, fotos, além de ‘Pedaços de um Poeta’, o primeiro livro de poemas.


SERVIÇO
Exposição “Elke, Maravilha de Mulher” 
Abertura: 17 de agosto de 2019, sábado, às 18h
Período: de 18 de agosto a 28 de setembro de 2019
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 15h
Entrada: Gratuita
Local: Galeria Quirino Campofiorito - Centro Cultural Paschoal Carlos Magno – Icaraí, Niterói
Endereço: Rua Lopes Trovão s/ nº - Icaraí – Niterói
Telefone: 2610-5748