terça-feira, 23 de julho de 2019

São Gonçalo sedia 1º Fórum de Indústria da Moda


Inovação e soluções em geração de emprego e renda. Esta é a proposta do 1º Fórum de Indústria da Moda de São Gonçalo, que será realizado no dia 8 de agosto, no Partage Shopping. Promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o Fórum que é destinado a empresários e profissionais de diversos segmentos da moda, tem por objetivo retomar a potencialidade da cidade em investimentos na área. As inscrições, que são limitadas, poderão ser feitas no site da Prefeitura Municipal de São Gonçalo (http://www.pmsg.rj.gov.br) ou através do link: http://bit.ly/2YisJGm 
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Agricultura, Pesca e Trabalho, Evanildo Barreto, o grande desafio é localizar esses empresários para contribuírem com a revitalização do setor no município. 
“Pensamos em um evento que mostre que o formato do caminho das vendas mudou. Através de um fórum de discussão do segmento, observando as necessidades e as demandas, conseguiremos trazer o empreendedor para dentro do município. Um trabalho muito setorial e interdisciplinar. Queremos fazer a cidade aparecer no padrão de comportamento e desenvolvimento do país”, declara. 
Na programação, que é voltada para os empresários da cadeia produtiva de moda em diversos segmentos, como roupas, uniforme profissional, bolsas, acessórios, sapatos e bijuterias, serão discutidos temas como: a transformação digital na moda, legislação do e-commerce, empreendedorismo e inovação, tendência da coleção outono/inverno 2019/2020 e competências profissionais e os desafios do mercado de trabalho. 
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Alfaiataria e de Confecção de Roupas de Homem de Niterói (Sindiconf), Aldeir de Carvalho, na década de 80 a cidade se tornou o maior centro industrial de confecções do Estado do Rio, chegando a ter em torno de 20 mil empregos diretos. 
"A industria de confecção teve início em São Gonçalo nos anos 60. Já na década de 80 chegamos a ter em torno de 70% da economia formal. Hoje, se tivermos 20% de empregos formais na área é muito", explica. 
Para a subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Valéria Dias, o objetivo é fomentar o ambiente de negócios e aumentar a visibilidade das indústrias e fornecedores do setor de moda. 
“Queremos auxiliar os empresários da moda nessa missão. O município de São Gonçalo tem um potencial muito grande, pois grandes marcas do estado do Rio de Janeiro nasceram aqui e a maioria das pessoas não sabe. Então, criamos esse evento para chamar os fabricantes não só de roupa, mas de bolsas, acessórios, calçados, bijuterias e até de uniforme profissionalizante a se atualizarem perante o mercado de trabalho atual e valorizar a indústria da moda. Nosso objetivo é fazer com que as fábricas voltem a gerar emprego, renda e fomentar a venda desse setor. Queremos revitalizar o polo de moda de São Gonçalo. Já investimos em diversos setores, como agricultura e gastronomia, agora chegou a vez da moda. Esse será o primeiro de muitos eventos de incentivo ao ramo”, finaliza. 


Programação: 

08/08 - das 13h às 19h 

Partage Shopping - 2º piso / Loja 269 

13h - Credenciamento 

14h - Abertura 

14h30 - Sebrae - Transformação Digital na Moda 

16h - Coffee Break 

16h30 - Fashion Law Oab Niterói e São Gonçalo- Legislação do E-commerce 

17h Firjan, Giro Moda: Outuno/Inverno 19/20 

18h Universo - Competências profissionais e os desafios do mercado de trabalho 

Exposição “O que é feminina?” no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno


O Centro Cultural Paschoal Carlos Magno vai abrir, no dia 1 de agosto, às 18h, a exposição O que é feminina?, das artistas e pesquisadoras Amanda Erthal e Marcela Fauth.
Na mostra, indumentária, objetos afetivos, pinturas e fotografias formam uma narrativa poética do que possa vir a ser o entendimento de feminilidade no contemporâneo.
A ideia é que o público possa interagir no ambiente instalativo, que funciona como uma ocupação working in progress. “Considerando que as transformações sociais se relacionam diretamente com o desenvolvimento de conceitos artísticos se faz possível compreender o quão fundamental tem sido a atuação de artistas mulheres que desenvolvem narrativas poéticas acerca do feminismo e da feminilidade na Arte Contemporânea”, explica Amanda.
Segundo as artistas, ideais femininos de beleza, vestuário, aparência e comportamento têm suas origens nas imposições socioculturais. “Ao estabelecer um papel de oposição à tradição cultivada pela sociedade onde as perspectivas sobre o corpo feminino pertencem a uma hierarquia de valores destoantes, geram-se, entre tantas consequências, a busca por um padrão estético inalcançável e um distanciamento sobre o conjunto de características e comportamentos que formam o que entendemos como feminilidade”, complementa Marcela.
Sendo assim, faz todo o sentido a célebre afirmação da intelectual francesa Simone de Beauvoir que diz “não se nasce, mas se torna uma mulher” para compreender instrumentos de formação e transformação que, por meio da arte, visam propiciar questionamentos e conduzir reflexões sobre a construção de uma nova perspectiva, puramente feminina acerca da feminilidade… afinal de contas, o que é Feminina?
Sobre as artistas:
Amanda Erthal [1986, Niterói - RJ, Brasil]
Artista Visual, Fotógrafa e Mestranda em Estudos Contemporâneos das Artes na Universidade Federal Fluminense. Em sua formação artística cursou o Programa Fundamentação na EAV Parque Lage; estudou fotografia na Sociedade Fluminense de Fotografia; realiza intervenções e exposições nas cidades de Niterói e no Rio de Janeiro. A artista utiliza as imagens para compor uma narrativa poética que compreenda a arte enquanto expressão e instrumento de transformação, que guia até o alcance do sensível. Dispondo de técnicas como a fotografia, assemblagem, pintura e objetos instalativos para compor uma linguagem poética que visa refletir e tensionar questões acerca do corpo e da construção da condição feminina na sociedade e na Arte Contemporânea.

Marcela Fauth [1985, Porto Alegre - RS, Brasil]
Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Mestranda em Estudos dos Processos Artísticos na Universidade Federal Fluminense, a artista desenvolve um projeto de pesquisa sobre Rituais femininos, Performance e Performatividade. É Bacharel em Artes Visuais com Habilitação em Figurino e Indumentária pelo SENAI-CETIQT Rio de Janeiro. Também é formada em Costura e Modelagem pelo SENAI Porto Alegre. Participou do curso de Formação em Arte Contemporânea da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. É autora do livro de artista “Aquela que não estava lá”, lançado pela editora Casa 27, em 2015. Participou de Residência Artística na Despina, em 2018. Atualmente, é ativista no movimento de guerrilha gráfica feminista “VEM PRA LUTA AMADA” e no movimento “Nossa Hora de Legalizar o Aborto RJ”. Sua prática artística toma forma no dia a dia, nas investigações das tarefas e dos processos de trabalho, nas simbologias presentes no desenvolvimento das ações e no seu próprio posicionamento perante o mundo, como mulher, trabalhadora e artista. Além de abordar questões relativas ao universo feminino e à expressão das angústias deste gênero no seu trabalho, Marcela também busca uma profunda problematização de temas como auto-imagem, alteridade, o corpo e seus desdobramentos no contexto sociocultural e político do mundo contemporâneo, tendo o corpo como principal suporte. Fotografia, vídeo, poesia, livro de artista, serigrafia, texto, indumentária e instalação vêm sendo utilizados pela artista como formas de registro das suas experiências corpóreo-sentimentais, que lançam luz sobre alguns temas como passagem do tempo e impermanências.



SERVIÇO:
Exposição “O que é feminina?”, das artistas Amanda Erthal e Marcela Fauth
Abertura: 1 de agosto de 2019, às 18h
Período: de 2 a 31 de agosto de 2019
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 15h
Entrada: Gratuita
Local: Sala Hilda Campofiorito – Centro Cultural Paschoal Carlos Magno – Icaraí, Niterói
Endereço: Rua Lopes Trovão s/ nº - Icaraí – Niterói
Telefone: 2610-5748

O Solar do Jambeiro abre duas portas para evento multidisciplinar do Coletivo Niterói Fotográfico


O Coletivo Niterói Fotográfico (CNF) realiza no dia 28 de julho, a partir das 11h, o evento "O Povo na Foto - sabores, ritmos e cores", onde o público vai poder participar de oficinas, interagir com fotógrafos renomados no fotopapo, assistir a inauguração da exposição "Aqui é o Palácio", de Josemias Moreira Filho, e conhecer um pouco mais sobre a cultura popular, flagrada pelas lentes de um grande mestre, Walter Firmo. 

Uma parceria da Secretaria Municipal de Cultura, Fundação de Arte de Niterói, Prefeitura de Niterói e do Curso de Graduação em Desenho Industrial da UFF, as atividades acontecem no Solar do Jambeiro com entrada franca. 

Oficinas de Fotografia ao alcance da mão

A popularização da fotografia é dos principais objetivos do CNF. Pensando nisso, serão oferecidos quatro oficinas voltadas para quem quer dar os primeiros passos na fotografia. Ministrados pelos fotógrafos Josemias Moreira Filho, Paulo Batelli, Priscila Barcellos e Vitor Vogel, as oficinas pretendem atingir um público que deseja aprender a mexer na câmera do celular, fazer bons retratos dos amigos e familiares ou fazer seu primeiro orçamento ou portfólio. 

Para as mamães, papais e a criançada também tem programação: a arte-educadora Clarissa Bottino oferecerá uma oficina que une fotografia e atividades como corte e colagem, para a toda a família se divertir. 

Fotopapo com Wânia Corredo e Luis Alvarenga

Os eventos do CNF são sempre marcados pelo encontro e troca de ideias. Ao longo das edições, as atividades evoluíram para um Fotopapo: uma conversa bem  interativa e descontraída sobre um tema específico. Na edição de julho, a mais premiada fotojornalista brasileira, Wania Corredo, conta um pouco da história do coletivo Fotógrafas Brasileiras e os rumos da fotografia em tempos de coletivos. Também participa do papo, o fotógrafo, ex-editor do Extra e professor na Escola de Fotografia Movimento InFoco, Luis Alvarenga. Representantes da Sociedade Fluminense de Fotografia, Mídia Ninja e do Favela Em Foco também estão entre os convidados. A mediação é do fotógrafo, pesquisador fotográfico e membro do CNF, Vitor Vogel. 

Exposição "Aqui é o Palácio" de Josemias Moreira Filho

Fotógrafo nascido e criado no Morro do Palácio, no bairro niteroiense do Ingá, Josemias Moreira Filho aprendeu fotografia no MACquinho, espaço sócio-cultural vizinho à comunidade, e desde então documenta a vida e obra dos moradores de uma das mais importantes favelas da cidade. Inédita em Niterói, Josemias inaugura, durante o evento, sua primeira exposição, "Aqui é o Palácio", nos salões do Solar do Jambeiro. As obras ficam expostas até o dia 31 de agosto. 

Homenagem ao mestre das cores, Walter Firmo

O fotógrafo carioca Walter Firmo trilhou um percurso de sucesso no fotojornalismo brasileiro e aos 82 anos, coleciona prêmios e conquistas para a fotografia brasileira. Considerado um dos maiores fotógrafos coloristas do mundo, Firmo tem vasta obra nos campos da fotodocumentação da cultura popular brasileira e retratos icônicos de artistas brasileiros como Pixinguinha, Dona Ivone Lara e Bispo do Rosário. 

Coletivo Niterói Fotográfico: Projetando a Fotografia de Niterói

O Coletivo nasceu da ideia de reunir fotógrafas e fotógrafos de Niterói num evento para trocar experiências através de projeções de fotografias e outras atividades. Sempre conectado com um pauta relevante, a cada mês um tema é escolhido e cada membro do coletivo pode enviar suas fotos ou um ensaio que se enquadre na proposta. Amantes da fotografia, sejam profissionais, amadores ou entusiastas, e que ainda não são membros do coletivo, puderam enviar suas fotos por meio de uma Chamada Pública. 


SERVIÇO
Coletivo Niterói Fotográfico: "O Povo na Foto - sabores, ritmos e cores"
Data: 28 de julho, domingo
Horário: 11h
Entrada: Franca

Cronograma de Atividades 

11h - Abertura dos portões 
13h - Oficinas de Foto
16h - Inauguração da exposição "Aqui é o Palácio" (em cartaz até 31 de agosto)
17h - Fotopapo: Fotografia em tempos de coletivo
18h30m - Projeção Coletiva
19h - Homenagem ao mestre das cores Walter Firmo

Local: Solar do Jambeiro
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 195 - Boa Viagem, Niterói 
ENTRADA GRATUITA

Raul Menezes convida para seu espetáculo "Canções de Guerra, Canções de Paz"


Compositor, guitarrista, violonista e professor de música, Raul Menezes volta ao Solar do Jambeiro para mais uma apresentação, depois de já ter passado pelo casarão histórico com diversos shows. O repertório de "Canções de Gerra, Canções de Paz" é uma coleção de suas principais composições, seja em álbuns próprios ou gravadas por terceiros. O show, agendado para a sexta-feira, 26 de julho, às 20h, contará com a participação especial da cantora Madalenna Maria. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira)
Raul Menezes é um artista que atua em várias vertentes do jazz à MPB tendo, ao longo de sua carreira, trabalhado ao lado de músicos conceituados no Brasil e na Europa. Influenciado por um leque que vai de Chico Buarque de Holanda a Wes Montgomery, de Tom Jobim a Toninho Horta, de Cartola e Noel a Helio Delmiro, Raul também não deixa de beber em outras fontes, como Hermeto Pascoal, Elomar, Joe Pass, Jim Hall, Heraldo do Monte, Edu Lobo, Luiz Gonzaga e outros.
Seu CD intitulado "Poeta de Botequim", gravado pela Niterói Discos em 2000, traz composições de sua autoria, entre elas “Beethoven já tinha razão”, gravada por Lilian França, por Sérgio Tannus e por Antônio Zambujo, renomado cantor português. Morou na Suécia de 2003 a 2004, apresentando-se pela Europa em diversos festivais de jazz e casas de show (Suécia, Alemanha, Dinamarca, Espanha). Como instrumentista, dividiu palco com Cláudio Nucci, Márcio Borges, Karla Boechat (Mulheres de Holanda), Cátia de França, Durval Ferreira, entre outros.  



SERVIÇO
Raul Menezes em Canções de guerra e canções de paz
Data: 26 de julho, sexta-feira
Horário: 20h
Ingresso: R$30 (a inteira)
Classificação indicativa: Livre
Local: Solar do Jambeiro
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 195, Boa Viagem, Niterói

ATRAVÉS DA IRIS COM NATÁLIA TIMBERG NO TEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI

O Teatro Municipal de Niterói recebe nos dias 27 e 28 de julho, Nathalia Timberg, com a peça “Através da Iris”, que dá início as comemorações pelos 90 anos da estrela. A atriz está em cena como Iris Apfel dando uma entrevista - ela abre sua casa e divide, com uma suposta equipe jornalística, suas histórias e opiniões sobre os mais variados assuntos, sem papas na língua. 

“More is more, less is bore.” "Mais é mais, menos é chato", uma brincadeira com o velho “Menos é mais”, é o lema da novaiorquina Íris Apfel, 97 anos, empresária, designer de interiores e hoje uma das maiores referências mundiais na arte pop e no mundo fashion.

Através das ideias arrojadas e do humor ácido de Iris Apfel, a peça é um elogio à liberdade de ser e de se expressar, em qualquer tempo da vida. Apfel, hoje aos 97 anos, inspira e surpreende artistas e criadores mundo afora com sua autenticidade e pensamento. Suas ousadas misturas ao se vestir, seusacessórios exuberantes, os óculos gigantes e roupas multicoloridas falam sobre a independência a que todo tem direito. Sobre experimentar - e se experimentar – sem medo do julgamento.

Quando ainda atuava como designer de interiores, Iris, junto ao seu marido, Carl Apfel (morto em 2015, aos 100 anos), viajava o mundo em busca dos tecidos perfeitos para a clientela ilustre que incluía nomes como Estée Lauder, Jacqueline Kennedy Onassis e Greta Garbo. A dupla foi chamada para decorar a Casa Branca por nove mandatos: Truman, Eisenhower, Nixon, Kennedy, Johnson, Carter, Reagan e Clinton. Aos 84 anos de idade, a designer foi surpreendida por uma virada em sua vida: passou a ter seu estilo reverenciado pelo mundo todo depois se tornar tema de uma exposição no Metropolitan Museum de Nova York, onde inicialmente seriam apresentados cinco looks seus em uma pequena galeria, mas o evento se transformou numa exposição inteira com mais de 80 looks e cerca de 150 mil visitantes.

“Uma das maiores surpresas que tive ao escrever ‘Através da Iris’ foi ter encontrado uma segunda personagem, dentro da nossa ‘Estrela Geriátrica’. Não são apenas moda, estilo, frases ácidas e divertidas que permeiam seu universo. Descobri uma mulher de vida colorida - ela mesma fala que as cores ressuscitam os mortos - com uma larga experiência, movida pela vivacidade, bom humor e coragem. Encontrei uma Iris que serve de exemplo para todos aqueles que desistiram da vida. Lembrem-se de que ela tem 97 anos e uma imensa alegria de viver!”, vibra o autor Cacau Hygino.

SINOPSE

Nathalia Timberg está em cena como Iris Apfel dando uma entrevista - ela abre sua casa e divide, com uma suposta equipe jornalística, suas histórias e opiniões sobre os mais variados assuntos, sem papas na língua.

A MONTAGEM

Nas palavras da diretora: “O que mais me interessa durante o processo de construção teatral é a possibilidade de se estabelecer inúmeros pontos de vista sobre a mesma obra ou, no nosso caso, sobre a mesma pessoa. Quando me deparei com essa figura excêntrica, icônica que é Iris Apfel, eu, de imediato, fiz a minha escolha. Transpor para cena não aquela mulher com todos seus acessórios e marcas. Mas sim me apropriar do ser humano que estava por trás disto, aproximando o espectador deste universo, que para mim não era somente estético. Estabeleci minha encenação por vias do teatro documental, na tentativa de ultrapassar essa linha tênue entre realidade e ficção. Onde as questões abordadas são pertinentes a qualquer geração, em qualquer tempo, afirmando verticalmente um pacto com o real.”

A diretora Maria Maya, em parceria com o autor Cacau Hygino, concebeu o espetáculo como um documentário cênico. Os depoimentos da atriz no palco se misturam às suas aparições em vídeos projetados no cenário. As ações presenciais dialogam com as ações virtuais, numa interação em tempo real.

O cenário de Ronald Teixeira é uma grande caixa vazada por janelões, por onde vemos o interior da casa de Iris, com sua exuberância e barroquismo – objetos multicoloridos que vão desde velas e obras de arte a bichos de pelúcia e flores, além de duas coloridas poltronas bergère.


IRIS APFEL

Aos 97 anos e, hoje, mais pop do que nunca, a designer de interiores novaiorquina não foi e nem é estilista, modelo ou editora de moda - isso, porém, não a impediu de se tornar um ícone de estilo, dialogando com o mundo através de seu look, em que não economiza na exuberância e na riqueza de detalhes.

Empresária, designer de interiores e a partir de então genuíno ícone da moda, a norte americana, uma das primeiras mulheres a usar calças jeans nos EUA, ganhou espaço sob os holofotes na última década graças à sua autenticidade e ao seu inconfundível estilo colorido e exuberante. Segundo a própria, os acessórios são itens obrigatórios na composição do look, o que torna qualquer um mais elegante.

Entre 2005 e 2006, Iris foi tema da exposição “Rara Avis: Selections from the Iris Barrel Apfel Collection”, que aconteceu no Metropolitan Museum (NY); em 2007, apresentou peças de seu guarda-roupas para o livro “Rare Bird of Fashion: The Irreverent Iris Apfel”; em 2011, no auge de seu reconhecimento, fechou parceria com famosa empresa de maquiagem para lançar uma coleção exclusiva.

“Envelhecer graciosamente é não usar maquiagem pesada e não tentar parecer mais nova. Eu acredito que foi Chanel quem disse ‘Nada faz uma mulher parecer tão velha quanto tentar desesperadamente parecer jovem’. Acho que você pode ser atraente em qualquer idade. Nunca tive muito mentores ou ícones nem nada, eu simplesmente fui indo. Não estou fazendo nada violentamente diferente do que eu fazia há 50 anos. Meu marido e eu riamos disso o tempo todo porque pensamos ‘Meu Deus’, essas garotas dizem que eu sou ‘cool’, ou ‘hot’, ou qualquer que seja a expressão, e eu não estou fazendo nada diferente do que fazia há muito tempo. É engraçado. Não posso dizer que não gosto, é muito lisonjeiro! Quando você é velho, começa a desmoronar – e precisa fazer o melhor possível para se manter firme. Acho que fazer coisas e se manter ativo é muito importante. Graças a Deus eu amo fazer coisas. Eu me sinto abençoada por ter todas essas oportunidades nessa fase da vida.” – Iris Apfel



NATHALIA TIMBERG - atriz

Carioca, nascida em 1929, Nathalia Timberg é uma das mais importantes atrizes brasileiras. Com longa história no teatro, no cinema e em televisão (desde o lendário Grande Teatro Tupi, da extinta TV Tupi), atuou num sem número de teleteatros e telenovelas, assim como de um dos primeiros telejornais da Rede Globo, o Tele Globo. Tornou-se um mito aos olhos do público durante a exibição de “O Direito de Nascer”, nos anos 1970. Alguns de seus trabalhos são considerados clássicos da teledramaturgia.

Reconhecida por sua vasta carreira no teatro e na televisão, foi no cinema que teve sua primeira experiência artística. Aos seis anos, fez uma participação especial no filme O Grito da Mocidade, de 1937. Só voltaria a trabalhar numa produção cinematográfica mais de 20 anos depois.

Coleciona em seu histórico mais de 40 peças teatrais, cerca de 08 obras cinematográficas e mais de 64 trabalhos na televisão, entre minisséries, programas e novelas. Consagrada pelo público e pela crítica, foi indicada a inúmeros prêmios por sua atuação e homenageada em importantes eventos relacionados ao cinema, ao teatro e à televisão.

MARIA MAYA – diretora
Bacharelada em Artes Cênicas pela UNIRIO, Maria Maya é atriz e diretora. Vem dirigindo peças no Rio e em São Paulo com sucesso e regularmente, entre elas "Adorável Garoto”, de Nicky Silver; “Não Somos amigas”, de Michelle Ferreira; "Lady Christiny”, baseado em documentário homônimo; “Talk Radio", de Eric Bogosian. Também dirigiu shows, como o de estreia da turnê do disco “Momentos que marcam demais”, de Sandra de Sá; e do lançamento da Banda Swing Tribo. Maria Maya já atuou como diretora assistente na televisão (“Malhação“ e a série “Sitio do Pica-Pau Amarelo“, ambas na TV Globo) e no cinema (o curta “Angústia” de Hsu Chien).

CACAU HYGINO - autor

Em 1992, fez sua estreia profissional como ator no teatro. É autor das peças “Herivelto Como Conheci”, com Marília Pêra; “100 Dicas Para Arranjar Namorado”, com Daniele Valente; “Liza, Lisa e eu”, com Simone Gutierrez; e “Deu a Louca Na Branca”, com Cacau Protásio.

Teve publicados seus livros “Mulheres Fora de Cena” (Ed. Globo/2005), “Nós e Nossos Cães” (Ed. Globo/2006), “Virna – A Trajetória De Uma Guerreira” (Casa da Palavra/2007), “Fofoca” (Espassum Editora/2008), “Herivelto Como Conheci” (Espassum Editora/2011) e “Nathalia Timberg – Momentos” (MBooks/2014). Lançou ainda a fotobiografia da atriz Irene Ravache - “Simples Assim, Irene” e Zezé Motta.



SERVIÇO:
ATRAVÉS DA IRIS – TEATRO ADULTO
Datas: 27 e 28 de julho
Horário: sábado, às 19h, e Domingo, às 17h
Classificação etária: 12 anos
Duração: 50 min
Ingresso: R$ 80,00
Local: Teatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói
Tel: 2620-1624

Música no Terraço com o rapper Thiago dos Anjos no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno


No dia 24 de julho, quarta-feira, o projeto “Música no Terraço”, vai ser com o rapper Thiago dos Anjos, às 19h, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno. A entrada é gratuita!
O niteroiense Thiago dos Anjos, no último mês de 2018, lançou seu primeiro EP com sete faixas. ‘Apartai-vos do mal’ é um disco que, entre tantas mensagens, enfoca o intuito de propagar mensagens espirituais e de uma boa formação da consciência do público do Rap.


Sobre o artista:

Thiago dos Anjos começou a escrever suas primeiras rimas com 16 anos após ouvir a música “mun-rá”, do falecido rapper Sabotage. Logo após ouvi-la, Thiago sentiu um
estímulo muito forte para criar suas primeiras músicas.

Sempre atraído pelo gênero rap, mas apenas consumindo músicas internacionais, este
jovem e promissor rapper começou a se interessar mais pelo rap nacional, conhecendo mais sobre racionais MC's e tantos outros grupos e artistas da cena brasileira. Assíduo em eventos, shows, projetos, ele demorou a se iniciar concretamente como cantor.
Só aos 27 anos, ainda usando o apelido Zamorano, alcunha usada na sua adolescência, o
MC lança seu primeiro som no youtube chamado "cotidiano um só".





Serviço:
Música no Terraço – Rapper Thiago dos Anjos
Data: 24 de julho de 2019, quarta-feira
Horário: das 19h às 22h
Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno 
Endereço: Rua Lopes Trovão, s/nº, Campo de São Bento, Icaraí, Niterói – RJ
Telefone: 2610-5748
Entrada gratuita

Respeito, amor e afeto: psiquiatra de Niterói oferece terapia contra o abuso sexual


”O passado permanece com dor (...) e receber o afeto é transformador”. A frase é do psiquiatra e terapeuta, Daniel Chutorianscy, que vê no acolhimento e na repartição de gestos de carinho, afeto e amor uma saída para um problema que vem crescendo nos últimos anos: o abuso sexual. Segundo o médico, o abusador sexual não é uma pessoa com perturbação mental, e sim um indivíduo que nutre uma perversidade, cujo prazer se dá em exercê-la contra outra pessoa, na maioria das vezes já fragilizada. “Ele exerce o seu poder, e somente o poder perverso o satisfaz inteiramente. E essa prática se dá contra recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens e adultos de ambos os sexos”, comenta.

Quem é o abusador? De acordo com Daniel, geralmente não é fácil identificá-lo.  Na maioria das vezes, segundo ele, o agressor é um “fofo”, educado, carismático, sedutor ao extremo, que tem grande influência intra ou extrafamiliar. O abusador parece uma figura de “Papai Noel”, que pode ser o próprio pai, o avô, o irmão, o tio, o vizinho, o doutor ou até mesmo uma figura religiosa, indivíduos que exercem também o poder, como a família, a ciência ou a religião.

Para o terapeuta, o abusador independe de classe social, idade, religião, raça ou escolaridade. Acreditar e não duvidar, bem como valorizar e resgatar a pessoa que é abusada sexualmente deveria fazer parte naturalmente de nosso comportamento, mas em geral a realidade não é essa; ao contrário, as pessoas são críticas, julgadoras e céticas: “eu não acredito”, “coisa de criança”, “não é possível”, e a famosa frase “mentira, não acredito em nada disso”.

Ainda segundo Daniel, a pedofilia, uma forma doentia de satisfação sexual, acontece e se repete inúmeras vezes, gerando culpa em quem recebe, e poder em quem faz. O abusador sexual exercita seu poder criando fantasias como: “sua mãe vai morrer, se você contar”, “isso faz parte do nosso trabalho”, etc. Já o abusado sexualmente sofre eternamente. O que era o “sim” na sua vida torna-se um eterno “não”; o “outro” na sua vida, se torna inexistente. A violência transforma o abusado, que passa a desconfiar de todos. “O passado permanece sempre com dor, dor não ser acreditado, dor de não ser ouvido, dor de ser desvalorizado, e isso prossegue durante toda a vida”, aponta Chutorianscy, ressaltando que o “afeto tornou-se invisível”.

Os números
De acordo com Chutorianscy, apenas 10% dos casos de abuso sexual são notificados no Brasil, sendo que 51% ocorrem em crianças entre 1 a 5 anos. Além disso, 69,2 % dos casos de violência sexual contra meninos e meninas ocorreram dentro de casa. Já o número de adolescentes abusados é espantoso: 74.2% são do sexo feminino e 25,8% do sexo masculino.

No que diz respeito à Alienação Parental, a Justiça brasileira é lenta e acaba erroneamente por defender o abusador, que manipula psicologicamente a vítima, muitas vezes crianças, para que demonstre medo, desrespeito ou hostilidade injustificados em relação ao pai, mãe ou a outros membros da família. Há inúmeros casos em que “a mãe quer roubar o filho do pai”, frase muito utilizada nos tribunais contra as mães que denunciam o abusador sexual, que recebe de volta a criança violentada, fornecendo subsídios para a rendosa indústria dos vídeos de pedofilia.

"O sofrimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos é enorme, e quando eles conseguem falar disso, escondem a dor, por vergonha ou medo, até a idade adulta", afirma o médico. Mas, como fazer para enfrentar um problema carregado de estigma e preconceito? A saída, por mais dolorosa que seja, segundo terapeuta, é denunciar sempre, não ser cúmplice do abusador, rompendo definitivamente com esse perverso e destruidor vínculo afetivo. Nesse sentido, Chutorianscy reafirma: “o passado permanece com dor, mas receber o afeto é transformador, onde o importante é acreditar, não duvidar, valorizar, resgatar (...) o sim sempre!”.




Para dirimir quaisquer dúvidas e outras informações, entre em contato com o terapeuta e médico psiquiatra, Dr. Daniel Chutorianscy, CRM 52.27646-7 RJ, pelo telefone celular (021) 99996-6514.