terça-feira, 14 de maio de 2019

Quatro filmes agitam o Curta Solar de maio


O Solar do Jambeiro promove nesta quinta-feira, 16 de maio, a partir das 19, mais uma exibição de curta-metragens, resultado das inscrições no edital do Curta Solar. A parceria com a Niterói Filmes tem bate-papo após as exibições. 
Os quatro curtas a serem exibidos falam de temas diversos, com a descoberta da sexualidade, em "Adeus Estrada de Tijolos Amarelos", de Hiran Matheus, ou de pessoas em situação de rua, como "Portas e Escadas", de Tereza Azambuja. 
O Curta Solar existe desde 2014, buscando difundir o audiovisual brasileiro de curta-metragem em Niterói. O edital é democrático: tanto filmes premiados em diversos circuitos quanto películas estreantes de diretores pouco conhecidos são exibidos lado a lado. 


Programação

"Portas e Escadas", de Tereza Azambuja – 23'

Um homem encontra-se preso em um labirinto de corredores, portas e escadas. Com um molho de chaves, entra por várias portas e em cada ambiente encontra uma fase difícil de sua vida, mas sempre acaba de volta no mesmo corredor, petrificado. Relembrando as diversas situações, tem a chance de mudar os momentos decisivos e tenta superar seus traumas e seguir em frente com sua vida, libertando-se do labirinto, e do peso de próprio passado. 

"Adeus Estrada de Tijolos Amarelos", de Hiran Matheus – 19'

Ícaro chega em outra cidade para tentar a vida como operador de telemarketing e quando sai à noite se encanta por outro rapaz. Roteiro inspirado em uma canção de Elton John e filmado com um smartphone. 

"É a minha voz que você tem que ouvir", de Márcio Paixão - 18'

Um homem em situação de rua com uma câmera na mão nos conta como é sua vida durante um dia. O cinema aqui é instrumento para a construção da realidade das pessoas em situação de rua da cidade de Niterói a partir dos seus respectivos olhares. Um deslocamento da perspectiva de um grupo social estigmatizado que vive à margem das políticas públicas e da própria sociedade. 

"Sur", de Marina Gurgel – 23`
Al sur al sur / está quieta esperando / Montevideo. Mario Benedetti


"Sur", de Marina Gurgel – 23` (Divulgação)

SERVIÇO
Curta Solar
Data: 16 de maio, quinta-feira
Horário: 19h
Classificação indicativa: Livre
Local: Solar do Jambeiro
End: Rua Presidente Pedreira, 195, Boa Viagem, Niterói
ENTRADA GRATUITA

“Minha Vida Daria um Bolero” apresentações inéditas em Niterói



No dia 17 de maio, sexta-feira, às 20h, vai ser a estreia da peça “Minha Vida Daria um Bolero”, de Arthur Xexéo, no Teatro Municipal de Niterói. Em cartaz até 26 de maio.
“Tú te Acostumbrastes”; “Solamente uma Vez”; “Angustia”; “Besame Mucho”; “Contigo Aprendi”; “Noite de Ronda”; “Vereda Tropical” e mais 11 boleros que fazem parte do imaginário coletivo são o pretexto para contar a história do musical, com Françoise Forton e Aloísio de Abreu no elenco. “Poucos gêneros musicais falam tanto do amor quanto o bolero: paixões não correspondidas, relações interrompidas e amores proibidos. O bolero adequado a uma comédia romântica é suave e leve. Todo mundo já se emocionou com algum bolero. Há toda uma geração que dançou de rosto colado ouvindo Nat King Cole cantar ‘Aquellos ojos verdes’, ou as cantoras da Era do Rádio, a Nana Caymmi”, conta Xexéo, que este ano completa 43 anos dedicados ao jornalismo, destes, 9 compartilhados com o teatro. Itamar Assiere, além fazer a direção musical, toca piano ao lado do percussionista Diego Zangado. A direção é de Rubens Camelo e Paulo Denizot, que também assina a iluminação.
No início do espetáculo, está indo ao ar a última edição do programa “Minha Vida Daria Um Bolero”. Neste dia, Diana (Françoise Forton) expõe, ao vivo, o relacionamento que mantém há 20 anos com Orlando (Aloísio de Abreu).  Porém, eles nunca se viram. Só conversam por e-mail, mensagens de celular e principalmente pelo programa de rádio. Mas agora, após a última edição, pela primeira vez, terão um encontro presencial, numa prometida aula de dança. As ondas da Rádio Mundo criam a relação entre os personagens. Diana é uma mulher que nunca se casou, acredita no amor, mas nunca arriscou. Orlando é um homem que sempre quis casar, porém com dificuldades de manter os relacionamentos. Na medida em que o tempo passa, durante o programa, os personagens vão ajudando um ao outro, aprendendo e descobrindo o caminho do amor.
“A peça conta a maneira com que as pessoas podem se apaixonar, mesmo não estando presentes fisicamente. O relacionamento acontece a partir do programa de rádio de Diana, onde ela usa boleros para dar conselhos a seus ouvintes”, detalha Françoise Forton. Orlando é um professor de dança que busca o programa para se aconselhar e acaba se apaixonando pela voz da apresentadora. “No dia em que é abandonado no altar por sua noiva, Orlando ouve o programa de boleros e se apaixona pela voz e pelo jeito despachado da locutora”, conta Abreu. 
Depois de assistir a “Minha Vida Daria um Bolero”, o jornalista ZUENIR VENTURA escreveu em sua coluna - “A música como bálsamo”: Nós estávamos precisando, exclamou uma senhora… Na véspera, eu ouvira mais ou menos o mesmo depois do musical “Minha vida daria um bolero”. Eram desabafos de quem não aguenta mais nosso cotidiano de guerra civil e de histórias enfadonhas de busca de vices ou de enredos criminosos como o desse Dr. Bumbum, que, se não bastassem todas as trapaças, é suspeito, como Édipo, de ter matado o namorado da mãe... música funcionando como bálsamo. No caso do bolero, me empolguei tanto que, acredite, abri o peito cantando junto com o público “Besame, besame mucho/ Como si fuera esta noche la última vez” ou “Es la historia de un amor/ Como no hay otro igual/ Que me hizo comprender/ Todo el bien, todo el mal” ou então, imitando o sotaque de Nat King Cole, “Siempre que te pregunto/ Se algun amor escondes/ Tú siempre me respondes/ Quizás, quizás, quizás”. Eu mesmo só me dei conta do meu desempenho quando as pessoas, ainda surpresas, vieram comentar depois do espetáculo: “Você cantou a noite toda!”. Ou seja, fiz agora o que 70 anos atrás tinha vergonha de fazer.

“Minha Vida Daria um Bolero” no Teatro Municipal (Guga Melgar)

Serviço:
“Minha Vida Daria um Bolero”
Local: Teatro Municipal de Niterói 
Data: de 17 a 26 de maio de 2019
Horários: sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia) 
Classificação: 12 anos
Duração: 70 min

Cine Popular: Eleições no Teatro Popular Oscar Niemeyer


No dia 16 de maio, quinta-feira, às 18h, tem mais uma edição do Cine Popular, no Teatro Popular Oscar Niemeyer. A atração desta vez é “Eleições”, de Alice Riff, um documentário cheio de originalidade.
Há no movimento estudantil uma máxima de que todo estudante secundarista deveria ter a oportunidade de viver a dinâmica de seu grêmio. E esse é o centro da narrativa que ocorre na Escola Estadual Doutor Alarico da Silveira: a eleição do grêmio se aproxima e há quatro chapas na disputa, dentro de toda pluralidade que pode haver numa juventude que se situa no ensino público do centro da grande São Paulo. 
“Eleições” traz a perspectiva dos estudantes sobre política, democracia e representação no contexto da escola. O aprendizado extracurricular que somente a luta secundarista pode proporcionar a um adolescente. O filme foi selecionado para mostra Futuro Brasil do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2018) e para a mostra Première Brasil: Longas Documentais da 20ª edição do Festival do Rio.

Cine Eleições no Teatro Popular Oscar Niemeyer (divulgação)

Serviço:
Cine Popular - Eleições
Data: 16 de Maio
Horário: 18h
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer - Av. Jornalista Rogério Coelho Neto, s\n - Caminho Niemeyer. Centro – Niterói
Classificação: 12 anos
Entrada gratuita