segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Samba da Alforria receberá Moyseis Marques nesta sexta-feira no Grajáu Tênis Clube

O samba da Alforria  receberá  nesta sexta-feira, 23 de setembro, a partir das 20 horas, o cantor e  compositor  Moyses Marques, a partir R$ 10, no Grajaú Tênis Clube, no Rio de Janeiro.

Moyseis Marques por Ruy Castro

O nome de Moyseis Marques é uma relativa novidade ou acabou de cair do céu, é porque você não está freqüentando os lugares certos da noite carioca – a Lapa, a Gamboa, a Muda e outras quebradas em cujas casas, rodas e gafieiras ele se apresenta toda semana.
Nesse caso, você nem desconfia do que está perdendo. Ou, então, não tem conversado com os cardeais, os ministros-conselheiros do samba, os quais, se você lhes pedir referências sobre Moyseis Marques, responderão com tanto entusiasmo que você se perguntará por quais estrelas andou pisando distraído nos últimos anos. Duvida?
Pergunte a Nei Lopes, Wilson Moreira – uma turma dura na queda quando se trata de elogiar alguém. Pergunte a Aldir Blanc, que foi às lágrimas recentemente no Estephanio’s, na Tijuca, ao ouvir Moyseis cantar “Imperial”, dele, Aldir, e de Wilson das Neves.
Pergunte a Elton Medeiros, que dividiu com Moyseis o microfone em “14 anos”, de Paulinho da Viola, neste seu primeiro disco solo, Moyseis Marques, pela Deckdisc.
Ou pergunte ao fabuloso Paulão Sete Cordas, que entrou no disco para fazer dois arranjos e tocar violão, mas empolgou-se com Moyseis e participou do coro em oito faixas e deu palpites no disco inteiro.
Talvez Moyseis seja um daqueles casos de quem se diz que levou a vida inteira para fazer sucesso da noite para o dia. Por sorte, essa “vida inteira” se resume a apenas 28 anos, e esse número pode ser ainda mais abreviado se considerarmos que, até os dezessete, Moyséis nunca tinha ouvido samba direito. Como milhões de outros jovens brasileiros, ele era uma vítima da visão estreita e injusta do establishment musical, que, nos anos 80 e 90, condenou o samba a um gueto do qual só podia sair no Carnaval e olhe lá.
Com isso, Moyséis, criado na Vila da Penha, cresceu sem conhecer Tom Jobim, Paulinho da Viola ou Chico Buarque, e sem nunca ter ouvido falar em Ary Barroso, Wilson Batista ou Ataulpho Alves. Mas, a provar que o samba está no nosso DNA e que, mesmo clandestinamente, corre na mainstream sanguínea do brasileiro, bastou a Moyseis romper a casca do ovo – as festas em igrejas.
Os cardeais do samba abriram seus braços para Moyseis porque o reconhecem como um dos seus. E ele não os desaponta, fazendo desse seu disco de estréia um panorama do samba de todas as épocas. 
 Os cardeais do samba abriram seus braços para Moyseis porque o reconhecem como um dos seus. E ele não os desaponta, fazendo desse seu disco de estréia um panorama do samba de todas as épocas.
Nele cabem Paulo César Pinheiro (“Nomes da favela”) e Dona Ivone Lara (“Minha verdade”) até Gordurinha (“Meu enxoval” e “O vendedor de caranguejo”) e o maravilhoso – e que só os muito por dentro amam – Geraldo Jacques (“Falsa patroa”), mais conhecido por “Adeus, América” e “Tin-tim por tin-tim”. Mesmo as cinco faixas que Moyseis assina em seu disco como compositor (às vezes em parceria com Daniel Scisinio, João Callado e Rodolfo Dutra) soam bem na chapa ao lado dos sambas dos mestres.
Não se sabe ainda se é desta vez que o samba voltou para ficar. O que se sabe é que ele é tão forte que, quando os ritmos espúrios se esgotam, o establishment, mesmo a contragosto, tem de chamá-lo de volta.
O samba, então, comparece e desempenha. E, enquanto continuar gerando grandes jovens talentos como Moyseis Marques, dele seremos gostosamente escravos, bons da cabeça e saudáveis do pé.
(Ruy Castro)

O Samba da Alforria retorna ao Rio o clima saudoso do samba boêmio, executado com maestria, samba pra dançar e cantar.
Com um côro de pastoras, de respeito. A roda chama-se “Samba da Alforria”, por uma referência aos abolicionistas e também por vir na contra-mão do que é mais propagado. Libertação é a palavra de ordem do Samba da Alforria. Liberdade para tocar e cantar músicas maravilhosas que esquecidas pelas rádios mais populares, voltam ao seu lugar de origem: A boêmia carioca.


Moyseis Marques no Samba da Alforria (Divulgação)

Serviço:
Samba da Alforria recebe Moyses Marques
Data: 23 de Setembro (sexta-feira)
Grajaú Tênis Clube 
Avenida Engenheiro Richard, 83 - Grajaú - Rio de Janeiro
Horário: 20 horas
Entrada: R$ 10 (Preço Popular)
Informações: (21) 8384-5010 (Luciano Santos) / (21) 8384-5031 (Flávia Castro)
Classificação: 14 anos

Exposição "Luminar" da Artista Plástica Olga Brahim na Biblioteca Pública de Niterói até 7 de Outubro

A artista plástica niteroiense, Olga Brahim realizará a  exposição de quadros “Luminar” na Biblioteca Pública de Niterói sob a curadoria de Paulo Roberto Cecchetti, com entrada gratuita.
O vernissage acontecerá nesta quinta-feira, 22 de setembro, das 17 horas às 19h30m e a exposição ficará aberta ao público até o dia 7 de outubro.



Serviço:
Exposição "Luminar" da Artista Plástica Olga Brahim
Período: 23 de setembro a 7 de outubro
Bibloteca Pública de Niterói
Praça da República, s/n – Centro –Niterói
Entrada Gratuita

Lançamento do cd "Deixo-me acontecer" da cantora Gabi Buarque nesta terça-feira no Centro Cultural Carioca

Nesta terça-feira, 20 de setembro, a partir  das 21 horas, a cantora e compositora Gabi Buarque lançará seu primeiro cd "Deixo-me acontecer" no Centro Cultural Carioca com ingresso a R$ 15 para animar a sua semana. No repertório coco, maracatu, samba, choro, cantiga... acompanhada por Mig Martins (violão), Joana Queiroz (clarineta), Rodrigo Ferreira (baixo), Helbe Machado (bateria), Michel Feliciano (percussão). Com participações especiais de Pedro Miranda e Alan Rocha.



Serviço:
Lançamento do cd "Deixo-me acontecer" da cantora Gabi Buarque
Dia 20 de setembro
Horário: às 21hs
Ingresso R$ 15
Centro Cultural Carioca
Rua do Teatro, 37 - Centro - Rio de Janeiro
Reservas: 2252-6468

Início da Primavera ao som de Harpa no Museu do Ingá

O Museu do Ingá apresentará nesta quarta-feira, 21 de setembro, o Concerto de Abertura da Primavera, às 19 horas, com a harpista Vanja Ferreira e o flautista Helder Teixeira.
A intérprete Vanja Ferreira, que toca harpa céltica e harpa de pedais, terá em seu repertório, músicas como, Watching the Wheat e Homenagem à Fauré.

Programa:
J.S. BACH - Andante da Sonata nº 2 para violino solo
VIRGILIO MORTARI - Sonatina Prodigio
Alph. HASSELMANS - La Source op. 44
JOHN THOMAS - Watching the Wheat
FELIX GODEFROID - Étude de Concert en Mi b mineur op. 193
MURILLO SANTOS - Homenagem à Fauré
GABRIEL FAURÉ - Impromptu op. 86

Harpista Vanja Ferreira (divulgação)

Flautista Helder Teixeira (divulgação)

Serviço:
Harpa no Museu
Data: 21 de setembro (quarta-feira)
Horário: 19 horas
GRATUITO
Local: Museu do Ingá
Rua Presidente Pedreira, 78 - Ingá
Tel: (21) 2717-2919