Nesta terça-feira, 08 de maio, no Teatro FIRJAN/SESI de Itaperuna, a Mostra Haroldo Costa – Samba & Outras Coisas, em homenagem ao talento incomparável de Haroldo Costa, marco nahistória da arte e cultura brasileira. Este jornalista, historiador de música popular, escritor, compositor, ator, produtor e diretor de rádio, televisão ecinema, além de comentarista dos desfiles de Escolas de Samba, vem há mais de 60 anos despertando o interesse, a admiração e o reconhecimento da crítica e do público. A exposição acontecerá de 08 a 31 de maio, de terça a sexta, de 10 às 18h. Nos horários de atrações e fins de semana a visitação é restrita ao público de cada evento. A entrada será gratuita.
A concepção e pesquisa de Haroldo Costa – Samba & Outras Coisas foi entregue à jornalista Eli Rocha que mergulhou no vastíssimo acervo pessoal de Haroldo Costa. “Foi uma grata surpresa ter convivido tardes e tardes ao lado deste artista fantástico, que generosamente me deu acesso a seus múltiplos caminhos”, explica Eli Rocha. “O material pesquisado era tão vasto que foi necessário destacar quatro nichos de atividades para organizar a exposição. O samba vai estar presente, com certeza”, continua a pesquisadora “mas, serão mostradas também as Outras Coisas...”
Exposição Haroldo Costa em Itaperuna (divulgação)
A grande viagem para se conhecer Haroldo Costa tem início na década de 50, com sua participação como dançarino, produtor e um dos fundadores do Grupo dos Novos, oriundos do Teatro Experimental do Negro, que empreendeu a turnê Brasiliana, que circulou durante cinco anos, passando por 25 países da Europa e America Latina.
Já no Brasil, em 1956, a convite de Vinícius de Moraes fez o papel-título da peça teatral Orfeu da Conceição, tendo sido o primeiro ator negro a pisar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A obra inaugurava a parceria de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e com isso, a Bossa Nova. Os cenários eram de Oscar Niemeyer, cartaz de Carlos Scliar. O destaque deste painel será uma carta escrita por Vinícius de Moraes que, carinhosamente, o chama de Meu Orfeu Negro.
A partir dos anos 60, Haroldo participa de momentos históricos nas rádios Mayrink Veiga e MEC. Escreveu, produziu, dirigiu e atuou nas TVs Excelsior, Continental, Tupi, Manchete e Globo. Atuações de destaquenas novelas Idade da Loba, Xica da Silva, Pantanal, Ana Raio e Zé Trovão, Kananga do Japão, Sítio do Pica-pau Amarelo, a minissérie Chiquinha Gonzaga e muitas outras.