terça-feira, 11 de junho de 2019

MUITA MÚSICA E CULTURA POPULAR NO PROJETO ARTE NA RUA

 


Dando continuidade às atividades do Arte na Rua, dia 12 de junho, quarta-feira, Valério Araújo (tributo a Cazuza) se apresenta na praça Leoni Ramos, em São Domingos. Além dele, mais três apresentações estão programadas para essa semana. A primeira, dia 14 de junho, sexta-feira, às 19h, é o show de Maurício Paraxaxar, no trevo de Piratininga. No dia 15 de junho, sábado, das 14h às 22h, os coletivos de arte urbana da cidade vão ocupar a Galeria Urbana, no Centro de Niterói. Por último, no dia 16 de junho, domingo, às 11h, acontece o show “Sr. Palhaço Apresenta”, no Horto do Fonseca.

O projeto, de responsabilidade da Secretaria de Cultura de Niterói/FAN, leva artistas de forma gratuita para se apresentarem em diversos pontos da cidade. A sequência desse ano teve início no dia 7 de junho e terá fim no dia 30, no domingo.
 
Valério Araújo, primeira apresentação da semana, faz um show-homenagem, representando as duas fazes iniciais da carreira de Cazuza no palco. Além disso, o repertório do cantor inclui as músicas de “Exagerado – Tributo a Cazuza” e clássicos que marcaram uma geração. Além de mpb, o Arte na Rua também vem carregado de forró. Maurício Paraxaxar se apresenta ao público trazendo canções originais e obras de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença e Zé Ramalho, por exemplo.

A Galeria Urbana, inaugurada no final de 2018, vai ter o seu “1º ocupa”. A programação inclui rap, hip-hop, slam, breakdance, oficina de grafite, shows, comida de rua e feira de artes e artesanatos. O show do dia seguinte, “Sr. Palhaço Apresenta”, é uma mistura de números circenses, como o malabarismo, equilíbrio e palhaçaria, e o trabalho do ator e palhaço carioca Alexandre Hryhorczuk. Com sua “cara de pau” e sua observação do ridículo cotidiano, o show promete ser cômico.

Valério Araújo

A vontade de entrar para o mundo da música só despertou em Valério Damásio de Araújo aos 28 anos. A partir da proposta de um músico que o viu cantando em um karaokê, Valério começou a fazer shows como cover de Cazuza. Ele não era fã do cantor, mas como o tempo, depois que começou a decorar as músicas, foi redescobrindo Cazuza como artista e poeta. Logo, ele se sentiu na responsabilidade de representá-lo e, depois que acabou a faculdade, correu atrás desse sonho.

Decidindo, depois de formado, se dedicar apenas aos shows, Valério passou por muitas dificuldades. Mas, após uma ligação de Sylvinho Blau Blau convidando-o para da festa Ploc’80, conseguiu visibilidade e foi crescendo na carreira. Hoje, Valério já participou, em 2011, do quadro “Os Imitadores” do Domingão do Faustão, de programas do SBT, da Record e de um documentário do Canal Brasil. Em 2013, desfilou no abre alas da G.R.E.S Mocidade Independente de Padre Miguel, representando Cazuza quando o tema da escola foi Rock n’ Rio. Além disso, Valério foi criado do projeto “Os poetas do rock” e hoje viaja pelo país com o show “Um poeta não morre”, representando Cazuza.

Maurício Paraxaxar  



Maurício é cantor, compositor e zabumbeiro. Esse ano ele completa 21 anos de carreira. Seu caminho na música começou em um show de um quarteto liderado por Duani, que, mais tarde, se chamaria “Forróçacana”. A partir daí, ele se apaixonou pelo forró e decidiu se tornar um músico profissional.

Trazendo músicas autorais de seus dois CD’s, “Não te briga de artista” e “Forró por amor”, e clássicos de outros cantores brasileiros, como Luiz Gonzaga e Alceu Valença, seu show promete ser animado.

Galeria Urbana

Contando com aproximadamente 1.4 mil m² de arte urbana a céu aberto, a Galeria Urbana de Niterói está localizada na Rua José Figueiredo, Centro da cidade. O espaço foi inaugurado no final de 2018, dentro do projeto Arte na Rua da Rede Globo, que reuniu música, grafite, oficinas e gastronomia, em parceria firmada com a Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal das Culturas/ Fundação de Arte de Niterói (SMC/ FAN).


Sr. Palhaço Apresenta

Alexandre Hryhorczuk é palhaço e ator há mais de 20 anos. Apresentando o circo como elemento de ludicidade e como possibilidade pedagógica, seus shows são como uma aula espetáculo onde o mais importante é se divertir. Hoje, Alexandre trabalha como professor de Circo, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, e professor na Escola Sesc de Ensino Médio.


SERVIÇO

Valério Araújo
Data: 12 de junho, quarta-feira
Hora: 19h
Entrada: Gratuita
Local: Praça Leoni Ramos
Endereço: São Domingos, Niterói

Maurício Paraxaxá
Data: 14 de junho, sexta-feira
Hora: 19h
Entrada: Gratuita
Local: Trevo de Piratininga
Endereço: Rua Professor Ernâni Faria Alves

Galeria Urbana
Data: 15 de junho, sábado
Hora: das 14h às 22h
Entrada: Gratuita
Local: Galeria Urbana
Endereço: Rua José Figueiredo – Centro

Sr. Palhaço Apresenta
Data: 16 de junho, domingo
Hora: 11h
Entrada: Gratuita
Local: Horto do Fonseca
Endereço: Alameda São Boaventura, 770 – Fonseca 

MOACYR LUZ NO CLÁSSICOS DO SAMBA NO DIA DOS NAMORADOS



Em mais uma edição do projeto Clássicos do Samba, o cantor e compositor Moacyr Luz volta ao Teatro Municipal de Niterói para lançar o CD "Natureza e fé", álbum de canções inéditas compostas com parceiros recentes como Fagner, Zélia Duncan, Pretinho da Serrinha, Martinho da Vila, Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, dentre outros. Agendado para a quarta-feira, 12 de junho, às 19h, o espetáculo traz as 12 canções do trabalho, que, na visão de Moacyr, resumem sua trajetória musical e celebram os 60 anos que acabou de completar. 


Décimo quarto trabalho do artista, se contabilizados os quatro produzidos à frente do Samba do Trabalhador, o CD "Natureza e fé" foi batizado com o título de sua parceria com Teresa Cristina, que traduz muito do que é o projeto. "Na verdade, eu acho que ele traduz a minha vida, porque a minha música sempre tem um pouco de natureza e muito de fé. Sessenta anos é uma data redonda, que marca um pensamento meu mais liberto de rótulos, de estilo. Por isso pensei em um disco totalmente diferente, com piano, contrabaixo acústico, bateria. Queria ficar mais à vontade, fazer samba sem necessariamente usar surdo, tamborim, não impor esses instrumentos nos arranjos", define Moacyr.



O CD é também o primeiro a não incluir canções com parceiros tradicionais, como Aldir Blanc, Paulo Cesar Pinheiro, Hermínio Bello de Carvalho e Ney Lopes. "São parceiros novos. Martinho da Vila está novamente em um disco meu, porque a gente havia acabado de fazer o samba "Na ginga do amor", que ele gravou comigo no disco. Fagner é coautor em "Periga" e "Samba em Vão" (na segunda, faz dueto com Moacyr). Zélia, que havia gravado Moacyr em seu último projeto, surge em "Gosto" como parceira e intérprete. Com Serjão, seu primeiro parceiro de música, ainda nos anos 70, Moacyr compôs "Jorge da Cavalaria". 



"Tenho várias músicas que falam de São Jorge, não seria diferente no meu disco de 60 anos. Para "Jorge da Cavalaria" chamamos 23 Jorges, que é o número do Santo Guerreiro, para cantar o refrão. Tirando um ou outro Jorge mais famoso, como o meu querido Jorge Aragão, o Jorge Cardoso e o Jorge Perlingeiro, os outros Jorges são pessoas do cotidiano, que entraram no estúdio e cantaram de uma forma que não vou mais esquecer", pontua Moacyr. Já Fred Camacho é o convidado na gravação de "Gostei do Laiálaiá" (Pretinho da Serrinha / Fred Camacho / Moacyr Luz).



Moacyr destaca ainda a importância das presenças de Fernando Merlino, com quem fez seu primeiro show, em 1976, e Carlinhos Sete Cordas, que assumiu os violões de 6 e 7 cordas. "Deixei que ele resolvesse tudo, decidi que ia só cantar. É a primeira vez que eu não toco violão no meu próprio disco. Também tem meu mestre Rildo Hora, que tocou comigo em meu primeiro CD, em 1994, e depois participou de todos os três DVDs que gravei no Samba do Trabalhador. Nesse disco ele toca gaita no "Samba de Obá", com Jorge Aragão", sublinha.



A faixa "Conto de Fadas" entrou quando Moacyr tinha dado o disco como pronto. Foi Diogo Cunha, que organizou o "Rio do Moa" e escreve a biografia de Luiz Carlos da Vila, quem cobrou uma parceria com o sambista no álbum. "Eu fiz esta música há muito anos com o Luiz, sua morte me afetou muito, porque eu convivia com ele diariamente. Eu me lembrei e fui buscar o "Conto de Fadas", que é uma das músicas de que mais gosto". De sua parceria com Hamilton de Holanda, que já rendeu algumas canções falando do Rio de Janeiro, Moacyr incluiu "No Baile do Almeidinha".



"Aprendi com Aldir que as letras não podem ser em vão. Quando você faz uma música coloca uma tatuagem no corpo, ela ficará marcada para sempre. Então, muito cuidado com as coisas, muito respeito à música quando você quiser registra-la em um disco", finaliza o mestre, com sabedoria. 


Moacyr Luz no Clássicos do Samba (Leo Aversa) 



SERVIÇO
Moacyr Luz em Natureza e Fé
Data: 12 de junho
Horário: 19h
Duração: 75 min
Classificação etária: Livre
Ingresso: R$ 30,00
Local: Teatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói
Tel: 2620-1624