quarta-feira, 5 de junho de 2019

“Grande Sertão: Veredas” pela primeira vez em Niterói no Teatro Popular Oscar Niemeyer



Devido à greve geral, que acontecerá no dia 14 de junho, com adesão do setor de transporte, a estreia do espetáculo-instalação "Grande Sertão: Veredas", de Bia Lessa, no Teatro Popular Oscar Niemeyer acontecerá no dia 15 de junho, sábado, às 19h, tendo em vista possíveis dificuldades de deslocamento da equipe, dos artistas e do público em geral.
Aqueles que compraram ingressos para o dia 14 poderão efetuar a troca por uma nova data ou, se preferirem, cancelar a compra com reembolso do valor integral. A bilheteria estará aberta para o atendimento ao público que adquiriu o ingresso neste local, de 11 a 14 de junho (das 13h às 18h), e nos dias do espetáculo (das 15h às 19h30). Quem comprou o ingresso pelo site 'Ingresso Rápido' receberá por e-mail o cancelamento automático da compra e a confirmação do estorno, podendo efetuar a nova compra, conforme disponibilidade. A equipe do Teatro Popular Oscar Niemeyer está disponível para dúvidas e orientações pelo telefone (21) 2620-6101.  
A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas e da Fundação de Arte de Niterói, apresenta “Grande Sertão: Veredas”. O espetáculo chega a Niterói com estreia marcada para o dia 15 de junho, sexta, às 19h, no Teatro Popular Oscar Niemeyer. A montagem de Bia Lessa, vencedora de 12 prêmios, com mais de 40 indicações, é baseada em um dos maiores e mais densos clássicos da literatura nacional do século XX, obra prima do autor brasileiro João Guimarães Rosa.
Sucesso de público e de crítica, o espetáculo está em cartaz há 1 ano e meio, tendo passado por 11 cidades (Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Brasília, Fortaleza, Manaus, Santos, Porto Alegre e São Paulo), nos principais teatros brasileiros. Agora, chegou a vez de o público niteroiense receber esta obra de arte. Segundo Luiz Felipe Reis, então jornalista de O Globo, "Dez anos após criar a exposição ‘Grande Sertão: Veredas’, que inaugurou, em 2006, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Bia Lessa volta a se encontrar com o clássico de Guimarães Rosa num espetáculo que marca o seu retorno ao fazer teatral — Criação Infinita"
espetáculo ganhou os mais importantes prêmios de teatro: recentemente, pelo XIII Prêmio APTR, foi vencedor nas categorias de melhor espetáculo, melhor direção, melhor cenografia e melhor ator, sendo o espetáculo com maior indicações e troféus desta edição, dentre os 350 espetáculosapresentados nos palcos cariocas em 2018. Somam-se a estes, os prêmios de melhor direção pelo APCA 2017; melhor direção e melhor ator (Caio Blat) no Prêmio Shell; melhor espetáculo de teatro no Prêmio Bravo! 2018; e melhor espetáculo independente e melhor arquitetura cênica no Prêmio Aplauso Brasil de Teatro.
Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes, Fábio Lago, José Maria Rodrigues, Balbino de Paula, Daniel Passi, Elias de Castro, Lucas Oranmian e Clara Lessa compõem o elenco. Para dar vida ao mítico sertão, Bia reuniu nomes como Egberto Gismonti (música), Camila Toledo (concepção espacial, com a colaboração de Paulo Mendes da Rocha), Sylvie Leblanc (figurino) e Fernando Mello da Costa (adereços).
Como afirmou o crítico de teatro Dirceu Alves Jr., em 2017, na Revista Veja SP, “a mão delicada de Bia se reflete em passagens ousadas, como a cena de sexo protagonizada pela atriz Luisa Arraes e por Caio Blat. Por tudo isso, o espetáculo enche os olhos do público. O trunfo da diretora, no entanto, está na condução do elenco. Se Caio Blat beira o sublime na angústia de Riobaldo, os outros nove atores (...) formam um conjunto harmônico e raro de ver em grupos tão numerosos”.
Na época da montagem no CCBB, em 2018, o crítico teatral Gilberto Bartholo afirmou entusiasmado: “Obra-prima!!! É como qualifico o espetáculo ‘Grande Sertão: Veredas’, uma leitura cênica, ou uma ‘instalação cênica’, de um dos melhores livros da literatura brasileira, mundialmente consagrado, de autoria de um gênio, João Guimarães Rosa, idealizada e realizada por uma das nossas grandes encenadoras, Bia Lessa”.
SOBRE O ESPETÁCULO
Bia conhece profundamente o Sertão de Guimarães Rosa. Ela levou o público para dentro da obra na inauguração do Museu da Língua Portuguesa (SP), em 2006. A exposição foi aclamada por onde passou. Com o espetáculo teatral, ela convida a plateia a um mergulho fundo na epopeia narrada pelo jagunço Riobaldo (Caio Blat), que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes (José Maria Rodrigues), fazer um pacto com o diabo e descobrir seu amor por Diadorim (Luiza Lemmertz). Trata-se de uma instalação, visitada e experimentada pelo público, e o espetáculo, encenado na mesma estrutura, em 2 horas e 20 minutos de apresentação ininterruptas, com o elenco em cena permanentemente, em que o público experimenta a dissolução das fronteiras entre início e fim do espetáculo; entre teatro, cinema e artes plásticas; entre literatura e encenação.
“O teatro para mim é sagrado. Me deparei com o Grande Sertão e ele se apoderou de mim mais uma vez. Quando montei a exposição, algumas questões se apresentavam: a principal delas era como utilizar imagens sem que o significado do Sertão de Guimarães ficasse reduzido a um único lugar. A opção na época foi trabalhar apenas com palavras. No teatro, essa questão volta a se impor: 'o sertão está dentro da gente'. Nosso caminho foi realizar um trabalho onde homens, animais e vegetais estabelecessem uma relação de diálogo sem supremacia entre eles. Não estamos exatamente no sertão, mas em um espaço ‘ecológico’ e metafísico onde tudo cabe. Um espaço, uma imagem, que nos possibilita a experiência proposta pelo romance, sem obviamente realizar o romance tal como é – fidelidade absoluta (todas as palavras ditas são de Guimarães Rosa), mas liberdade infinita, visto que é apenas uma das leituras possíveis da riquíssima obra de Guimarães”, afirma Bia Lessa.
A grande estrutura tubular concebida lembra um claustro, uma gaiola. Instalada no palco do Teatro Popular, também é, ao mesmo tempo, cenário de violentas batalhas e de reflexões profundas. Como instalação, poderá ser visitada de sexta a domingo, das 15h às 18h, com entrada franca. 250 bonecos de feltro com tamanho humano, criados pelo aderecista Fernando Mello da Costa, compõem uma imagem permanente: a cena da morte de Diadorim como um presépio. A trilha sonora completa a atmosfera do Grande Sertão: Veredas, composta por três camadas: os ruídos e sons ambientes, a música composta por Egberto Gismonti e a trilha sonora que representa nossa memória emotiva, com músicas que fazem parte de nosso imaginário. Os figurinos de Sylvie Leblanc são uma leitura do sertão, sem regionalizá-lo – são personagens do mundo.

SINOPSE
Bia Lessa propõe a um só tempo uma peça de teatro e uma instalação em sua adaptação do livro “Grande Sertão: Veredas – matriz do moderno romance brasileiro e obra-prima de João Guimarães Rosa. A peça traz para o palco a saga do jagunço Riobaldo que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes, fazer o pacto com o diabo e viver seu amor por Diadorim. O cenário-instalação estará aberto à visitação do público nos dias do espetáculo.
BIA LESSA
Bia Lessa é uma artista multifacetada, cineasta, diretora de teatro e ópera, exposições, ganhadora de vários prêmios. Suas obras são exibidas em vários países, como Alemanha, França e EUA. Criadora do Pavilhão Brasileiro na Expo 2000 em Hannover, Mostra Redescobrimento na Bienal SP, Reabertura do Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a ópera Il Trovattore, Pavilhão Humanidades 2012 (Rio + 20), reinauguração dos painéis Guerra e Paz de Candido Portinari na ONU em NY. No cinema, dirigiu os filmes CREDE-MI mostrado em festivais internacionais (Berlim, Biarritz, Nova Iorque, Jerusalem, Brisbane, Minsk, entre outros).
POR SILVIANO SANTIAGO
Para Bia Lessa, só o espetáculo teatral pode expandir a forma inovadora da literatura. Ela não adaptou duas obras clássicas do romance ocidental; levou ao palco os romances Orlando, de Virginia Woolf, e O homem sem qualidades, de Robert Musil, expandindo-os. E agora, quando a nação perde o norte da cidadania e esfarela a vontade dos brasileiros, Bia monta uma escultura (...). No seu interior, encena o monstruoso e genial “Grande sertão: Veredas”, do nosso Guimarães Rosa.
Durante o dia, a escultura do Grande sertão: Veredas repousa como se fosse livro fechado, a espicaçar a curiosidade dos visitantes. À noite, a escultura expande o livro aberto. O leitor silencioso e introspectivo se metamorfoseia em espectador, parcela de um coletivo atento e participante, que se renova.
A gongórica e letal escrita de Rosa ganha o corpo dos atores. Empresta-lhes ação e fala. E a trama romanesca se desenvolve diabolicamente, com movimentos desordenados, afetuosos e anárquicos, qual máquina escultural assinada por Jean Tinguely, um dos fundadores do Novo Realismo. Novo Realismo igual a − diz o famoso manifesto − novas percepções do Real.
“Grande Sertão: Veredas” se expande como espetáculo teatral que libera – qual alegoria rigorosa da nossa contemporaneidade − o modo como os movimentos desenvolvimentistas sem preocupação social e humana não recobrem a nação como um todo. Pelo contrário. O esforço positivo da modernização é localizado, centrado e privilegia. Nas margens, cria enclaves de párias – bairros miseráveis, favelas, prisões, manicômios, etc. − onde violentas forças antagônicas se defrontam e se afirmam pela ferocidade da sobrevivência a qualquer custo, acirrando a irascibilidade do controle e do mando. Viver é perigoso.
Extraordinário em Guimarães Rosa é que, no mais profundo da vida humana miserável e autodestrutiva, na morte, há lugar para o afeto e o amor. Ao compasso de espera, Riobaldo e Diadorim dançam novos e felizes tempos. Piscam a alegria de viver, como vagalumes que a mata libera à noite.
Silviano Santiago

Grande Sertão Veredas no Teatro Popular Oscar Niemeyer (Victor Otsuka)

SERVIÇO
Espetáculo “Grande Sertão: Veredas”
Direção: Bia Lessa
Data: 15 a 30 de junho, sexta a domingo
Horário: 19h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Classificação: 18 anos
Duração: 2h e 20 min.
Plateia: 405 lugares
Palco: 119 lugares
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer
Endereço: Av. Jornalista Rogério Coelho Neto, s\n,
Caminho Niemeyer – Centro, Niterói
Instalação
Visitação: de sexta a domingo, das 15h às 18h
Entrada gratuita
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer – Palco
Endereço: Av. Jornalista Rogério Coelho Neto, s\n,
Caminho Niemeyer – Centro, Niterói

Créditos fotográficos na foto: primeira foto (crédito: Anelizze Tozzeto) | segunda foto (Victor Otsuka).
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DESAFIO POP BOLA DE FUT 7 SOLIDÁRIO NO COMPLEXO DA ROCINHA


Há quem diga que o futebol brasileiro tropeça nas próprias pernas, que os árbitros enxergam mal e que os jogadores não escutam ninguém. E não é que eles podem ter razão?! Mas quem disse que isto é um problema? Pelo menos não para a galera do Pop Bola. A turma realiza no sábado, 15 de junho, no Complexo da Rocinha, o Desafio Pop Bola de Fut 7 e o projeto tem como principal objetivo: a inclusão. O primeiro dos sete jogos previstos será disputado entre o time da turma mais jocosa da comunicação esportiva contra a seleção da Federação Desportiva de surdos do Rio de Janeiro. O evento começa às 9h da manhã e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude.  
Além do jogo principal, que será transmitido ‘’ao vivo’’ a partir das 15h45min pelos canais do YouTUBE Pop Bola Esporte Clube, o evento terá campeonatos de games, preliminar entre crianças com deficiência e diversas ações sociais e de saúde, como emissão de documentos e vacinação. Uma delas será encabeçada pelo Núcleo Estadual de Atendimento ao Deficiente, que realizará cadastros e encaminhamento para emprego exclusivo para pessoas com deficiência. A Fundação Leão XIII também estará presente e possibilitará a retirada de documentos com isenção de taxas. Tudo, é claro, com muita música e bom humor.


O Desafio Pop Bola, ainda, vai arrecadar leite em pó e achocolatado para crianças e idosos das instituições atendidas pelo Rio Solidário. A campanha inverno Solidário se propõe não apenas a aquecer, mas também a alimentar milhares de pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social. Parafraseando uma frase que já virou slogan no meio dos boleiros: não é só futebol. Não é mesmo! Mais informações: desafiopopbola@gmail.com ou pelas redes sociais do Pop Bola.