Em seu novo show, ESTÓRIAS PRA QUEM (AINDA) OLHA PRO CÉU,
o ator, compositor e cantor Claudio Lins
aposta num tom intimista para contar estórias que ele conhece muito bem.
Afinal, a maior parte do repertório é de canções compostas pelo artista para
trilhas de peças musicais, novelas e cinema. No palco, o cantor aproveita seu
lado ator e sutilmente encarna personagens que lhes são tão íntimos, enquanto
traça um paralelo entre suas estórias e os dias atuais.
Assim, o show abre com
a canção CEGUEIRA (do seu segundo
álbum, “Cara”), composta a partir do livro “Ensaio sobre a cegueira”, de José
Saramago. Como diz a letra, “Numa cidade afogada de pernas e braços...”,
personagens se esbarram e trazem à tona suas diferenças e semelhanças. TÁ BOA, SANTA? (composta para o
premiado documentário “Dzi Croquettes”) fala da liberdade de ser “nem dama nem
valete”. Mas esse pode ser um assunto chocante para Dona Matilde, personagem de
Nelson Rodrigues: uma senhora alcoviteira e preconceituosa em NÃO FOI O PRIMEIRO BEIJO (da trilha
original de “O beijo no asfalto – o musical”).
Aliás, outras personagens
e canções compostas para o espetáculo “O beijo no asfalto – o musical” estão no
show, como ALGUÉM e TODA NOITE. E canções composta por
Claudio Lins para os espetáculos “Randevu do avesso” e “Senna, o musical”
trazem à cena respectivamente uma cantora decadente e o famoso herói nacional às
voltas com o tempo e a morte.
Mas há também músicas
que Claudio teve a oportunidade de cantar em outros musicais como CAÇADOR DE MIM (do musical “Milton
Nascimento - Nada será como antes”). E canções que foram temas de novelas, como
POR TODA VIDA (de “Ciranda de
pedra”) e CUPIDO (de “Avenida
Brasil” e “Uma rosa com amor”).
Como cereja do bolo,
Claudio traz para o público duas músicas inéditas e recém compostas: o blues SOZINHA É BOM, em parceria com Zélia
Duncan; e SAMBA PRO FUTURO, que
fecha o show com uma mensagem otimista em tempos sombrios.
O show ESTÓRIAS PRA QUEM (AINDA) OLHA PRO CÉU conta
ainda com a participação do pianista Heberth Souza e com produção de Maria
Braga.
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