A Academia Brasileira de Letras apresentará em seu quinto programa da série “MPB na ABL” de 2011, o espetáculo "Brasil Pandeiro”, com o Grupo “Samba de Fato”, formado por quatro cantores e músicos. O show, em homenagem ao compositor Assis Valente, autor, entre outros, do samba “Brasil Pandeiro”, terá a participação especial de Marcos Sacramento e está programado para esta quarta-feira, 14 de setembro, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., na sede da ABL – Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo. Com Entrada Gratuita.
O repertório foi selecionado pelo Grupo “Samba de Fato”, formado por Alfredo Del-Penho (violão e voz), Pedro Amorim (bandolim e voz), Pedro Miranda (voz e percussão), e Paulino Dias (percussão e voz). O conjunto é também responsável pelos arranjos e pela instrumentação do show.
As músicas selecionadas, na ordem em que serão cantadas, são: Alegria (Assis Valente); O Dinheiro que eu ganho (Assis Valente) / Amanhã eu dou (Assis Valente); Boneca de pano (Assis Valente); Maria Boa (Assis Valente); Brasil pandeiro (Assis Valente); Boas Festas (Assis Valente); Batuca no chão (Assis Valente / Ataulfo Alves); Uva de caminhão (Assis Valente); Fez bobagem (Assis Valente); Mangueira (Assis Valente e Zequinha Reis); Cansado de sambar (Assis Valente); ...E o mundo não se acabou (Assis Valente); Camisa listrada (Assis Valente); Fez bobagem (Assis Valente); E bateu-se a chapa (Assis Valente); Tem francesa no morro (Assis Valente).
Os integrantes do Grupo “Samba de Fato” são profundos conhecedores da cultura musical brasileira, conhecimento adquirido a partir de pesquisas e trabalhos realizados com diversos artistas, referências da tradição musical do país. Além de cantar, o quarteto domina diversos instrumentos, dispondo de uma autonomia incomum para explorar timbres e sonoridades originais nas suas interpretações, inclusive usando harmonizações vocais.
Assis Valente nasceu na cidade de Santo Amaro, Bahia, em 19 de março de 1911 e se radicou no Rio de Janeiro. Sua primeira composição de destaque foi “Tem francesa no morro”, satirizando a “moda” de se falar francês nas altas rodas da sociedade carioca. Depois de muito tentar, conseguiu que Carmem Miranda gravasse“Good bye boy”, agora satirizando a “moda” de se falar inglês. A maioria de suas composições foi feita com intuito carnavalesco. Na verdade, ele foi um compositor que transformava as coisas que vivenciava, no dia-a-dia, em música. Independentemente de ter uma carreira bem sucedida, pôs fim à vida no dia 10 de março de 1958, em sua terceira tentativa de suicídio.
Marcos Sacramento é hoje um intérprete capaz de alinhar em um mesmo roteiro músicas de Noel Rosa ou Cartola com os contemporâneos, entre eles os cariocas Luis Capucho e Luiz Paulo Alcofra, assim como o paulistano Paulo Padilha. Segundo os músicos do grupo “Samba de Fato”, Sacramento “é um artista livre que se expressa por intermédio da música”. A modernidade da tradição foi seu primeiro trabalho solo. Em treze anos de disco, ganhou pernas e fez sua própria história. Lançado no Brasil pelo pequeno selo Saci, tornou-se, ainda segundo os músicos do “Samba de Fato”, artigo procurado, principalmente pelo interesse crescente por sua obra. Três anos depois de lançado no Brasil, o disco foi produzido na Europa, Estados Unidos e Japão, e considerado o melhor álbum brasileiro de 1997. “O talento dá as possibilidades, a inteligência cria os caminhos. Sem seguir receitas ou se adequar aos rótulos do mercado, Marcos Sacramento voa dentro da música. O único compromisso que assina é com sua liberdade de escolher o que canta. Nessa visão ampla do artista, a música não tem fronteiras”, afirmam os músicos do “Samba de Fato”.
Serviço
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
MPB na ABL em homenagem a Assis Valente com o espetáculo: “Brasil pandeiro”
Data: 14 de setembro (quarta-feira)
Horário: 12h30min
Teatro R. Magalhães Jr.
Avenida Presidente Wilson 203 – Castelo - Rio de Janeiro
280 lugares
Entrada franca
Telefone: 3974-2500
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