A CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe, de 3 de setembro a 8 de dezembro de 2019 (terça-feira a domingo), a exposição Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara. Realizada pelo Museu Nacional/UFRJ, em parceria com o Sesc-RJ e com apoio da CAIXA e do Governo Federal, a mostra reúne relíquias arqueológicas que revelam como viviam os primeiros habitantes do chamado Recôncavo da Guanabara. A abertura para convidados será nesta segunda-feira, 2 de setembro, data que marca o primeiro ano do incêndio que destruiu a sede do museu, na Quinta da Boa Vista.
Serão exibidas peças como o Tembetá, uma pequena jóia utilizada pelos índios Tupi no século XVI, cuja descoberta permitiu que os pesquisadores identificassem o período em que esses índios ocuparam a região. Entre os destaques também estão os cachimbos africanos, que revelam traços culturais dos grupos de negros que vieram para o estado, e as faianças, porcelanas portuguesas e espanholas com os brasões de famílias que deram origem aos sobrenomes de grande parte dos brasileiros, como os Silva.
Resultado de um dos maiores trabalhos de arqueologia já realizado no Brasil, na área do Complexo Petrolífero do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ), em Itaboraí (RJ), a mostra foi apresentada pela primeira vez em 2010. “A ideia de remontar a exposição vai ao encontro do conceito de criação da campanha Museu Nacional Vive e reforça o posicionamento da instituição em se manter ativa e viva na produção e geração de conhecimento”, explica a museóloga e historiadora Thereza Baumann, que divide a curadoria com a antropóloga Maria Dulce Gaspar.
Exposição revista e ampliada:
Nessa segunda temporada, a mostra foi revista e ampliada. “Procuramos fazer uma ligação direta entre o trabalho dos pesquisadores que promoveram o estudo à época e o que vem sendo realizado pela equipe de resgate que, desde setembro, atua no palácio da Quinta da Boa Vista”, diz Baumann, que foi coordenadora de Projetos Especiais do Museu Nacional e participou ativamente do trabalho realizado em Itaboraí, onde foram identificados 45 sítios arqueológicos, entre sambaquis, assentamentos de grupos ceramistas e ocupações do período histórico.
“Serão exibidos vídeos sobre o trabalho realizado na região de Santo Antônio de Sá e apresentadas peças usadas no programa de educação patrimonial com escolas públicas dos municípios da região. Uma iniciativa muito importante porque contribuiu para conscientizar as pessoas para a preservação do patrimônio nas regiões onde moram”, reforça a curadora.
Além das relíquias arqueológicas do chamado Recôncavo da Guanabara e de painéis sobre a história do Museu Nacional, o trabalho da Coordenação de Resgate e a campanha Museu Nacional Vive, a exposição também apresenta descobertas realizadas por pesquisadores do museu em outras áreas do Rio de Janeiro. Esse é o caso dos fragmentos de objetos encontrados em Araruama (RJ), na Região dos Lagos.
Serviço:
Exposição Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 2 (Endereço: Avenida Almirante Barroso, 25 - Centro - Metrô e VLT: Estação Carioca)
Abertura para imprensa e convidados: 2 de setembro (segunda-feira), às 10h30
Visitação: de 3 de setembro a 8 de dezembro de 2019
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (21) 3980-3815
Apoio: CAIXA e Governo Federal
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