A peça Partiste, ganhadora este ano do Prêmio Braskem de Teatro de Melhor Texto de 2010 ficará em cartaz até o sábado, 26 de novembro, no Teatro Sesc-Senac, no Pelourinho, Salvador. A peça fica em temporada de sexta e sábado, às 20 horas.
Com texto e direção de Paulo Henrique Alcântara, o espetáculo trata das delicadas, amorosas e sofridas ligações entre os integrantes de uma mesma família, habitantes de uma cidadezinha do interior baiano, Livramento de Nossa Senhora. Sem, contudo, deixar de lado o bom humor, Partiste fala de um pequeno núcleo familiar feito de perdas, partidas e pode ser definida como um sutil canto de saudade, sobre o afeto sincero que teima em resistir à distância, minimizada pelas cartas tão ansiadas por aqueles que estão longe.
Os atores Leonardo Freitas, Margarida Laporte, Karla Cajaíba, Izabela Cortizo e Sue di Castro integram o elenco deste delicado conto sobre o afeto e a saudade. Além do prêmio de Melhor Texto, a montagem recebeu mais duas indicações ao Prêmio Braskem deste ano: Melhor Espetáculo e Revelação para Margarida Laporte. Alcântara, que assina a iluminação, juntamente com Luiz Guimarães, reuniu uma equipe de peso para com ele compor esta obra: Zuarte Jr (cenário), Rino Carvalho (figurino) e Luciano Salvador Bahia (trilha sonora). A produção é de Ivana Santana.
Como seguir vivendo depois de perder aquele ser querido, elo de uma corrente feita de anos de convivência, cuidados e cumplicidades? O filho que um dia saiu de casa e nunca mais retornou; o pai que, numa curva da estrada, se foi para sempre; a filha que parte para estudar na cidade grande. Assim é Partiste, uma peça sobre o “ir embora”. Uma peça sobre pai, mãe, filhos, irmãos. Irmãos que, assim como diz a canção de Renato Teixeira, “perderam-se na vida, a custa de aventura.”
Partiste se passa na primeira metade dos anos 1970, na cidade de Livramento de Nossa Senhora, interior da Bahia, onde vivem uma mãe, um pai, uma velha tia e os filhos Brás, Cecília e Dolores. A mãe trabalha com bordados, enquanto o marido viaja pelo país com seu caminhão. Um outro filho do casal, o primogênito Jairo, partiu para São Paulo e, há anos, não dá notícias, deixando a mãe desconsolada sem as suas cartas.
Acreditando no regresso deste filho desgarrado, a mãe pede para que a filha, Cecília, jovem professora, leitora assídua de romances, escreva diariamente tudo que se passa na casa, na família, para que, ao regressar, Jairo possa ler e saber como foram os dias vividos neste lar, na sua ausência. E estes dias são pontuados pelas tele-novelas de Janete Clair, que a mãe tanto aprecia, e pelo zelo e prazer com que prepara delícias na cozinha.
Teatro Sesc/Senac Pelourinho
Período: até 26 de novembro
Dias: Sextas e Sábados
Horário: 20 horas
Ingresso: R$ 14 reais (inteira) e R$ 7 reais (meia)
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