A partir desta terça-feira, dia 10 de maio, a Cia. Marginal estará em cartaz no Teatro do Planetário da Gávea, apresentando a peça: Ô, Lili. O espetáculo teve como ponto de partida uma série de conversas dos atores com pessoas presas em penitenciárias do município do Rio de Janeiro.
O mundo daqueles que vivem em regime fechado é a chave para explorar criticamente o universo dos que vivem, hoje, em espaços populares, submetidos a uma série de restrições, como fronteiras do tráfico e controle armado da Polícia.
O processo de criação do espetáculo partiu da pesquisa de campo realizada nos presídios Lemos Brito, em Bangu, e Oscar Stevenson, em Benfica, ambos no Rio de Janeiro. Ao longo de dois meses, foram mais de 1.200 minutos de conversas e entrevistas com cerca de 30 presos.
“Nosso foco não eram os crimes supostamente cometidos pelos presos, a especificidade das penas que cada um deles nem tampouco as possíveis denúncias ou queixas que quisessem fazer contra o sistema prisional. Ao contrário, tentamos explorar uma dimensão mais subjetiva da vida em regime fechado: a maneira como se constrói a intimidade em um ambiente cuja premissa é a subtração da privacidade dos indivíduos”, explica Isabel Penoni, diretora do grupo.
O cotidiano prisional de regime fechado é o ponto de partida da Cia. Marginal para tratar da liberdade. Os rituais de convivência, as hierarquias, os ritos sexuais, a longa espera por cartas e visitas, os anestésicos espirituais são alguns dos temas que perpassam as relações entre seis presidiários na tentativa de sobreviver à falta de privacidade e ao tempo estático. O espetáculo é baseado em pesquisa de campo e o título remonta à narrativa dos presos sobre o ritual que comemora o dia de soltura.
A Cia. Marginal
Formado por atores-moradores do Complexo da Maré, a Cia Marginal desenvolve atividades com a organização Redes de Desenvolvimento da Maré desde 2005, além de realizar ações voltadas para a democratização do método de trabalho adotado pelo grupo, com oficinas teatrais oferecidas para jovens da comunidade. A missão da Cia Marginal, atualmente formada por seis atores, é construir soluções de sustentabilidade para a realização de projetos de pesquisa, criação, produção e democratização teatral, através de uma gestão coletiva e participativa. O grupo também busca contribuir para a descentralização da difusão artística na cidade através de um teatro, comprometido com a formação de um pensamento crítico e reflexivo.
O mundo daqueles que vivem em regime fechado é a chave para explorar criticamente o universo dos que vivem, hoje, em espaços populares, submetidos a uma série de restrições, como fronteiras do tráfico e controle armado da Polícia.
O processo de criação do espetáculo partiu da pesquisa de campo realizada nos presídios Lemos Brito, em Bangu, e Oscar Stevenson, em Benfica, ambos no Rio de Janeiro. Ao longo de dois meses, foram mais de 1.200 minutos de conversas e entrevistas com cerca de 30 presos.
“Nosso foco não eram os crimes supostamente cometidos pelos presos, a especificidade das penas que cada um deles nem tampouco as possíveis denúncias ou queixas que quisessem fazer contra o sistema prisional. Ao contrário, tentamos explorar uma dimensão mais subjetiva da vida em regime fechado: a maneira como se constrói a intimidade em um ambiente cuja premissa é a subtração da privacidade dos indivíduos”, explica Isabel Penoni, diretora do grupo.
O cotidiano prisional de regime fechado é o ponto de partida da Cia. Marginal para tratar da liberdade. Os rituais de convivência, as hierarquias, os ritos sexuais, a longa espera por cartas e visitas, os anestésicos espirituais são alguns dos temas que perpassam as relações entre seis presidiários na tentativa de sobreviver à falta de privacidade e ao tempo estático. O espetáculo é baseado em pesquisa de campo e o título remonta à narrativa dos presos sobre o ritual que comemora o dia de soltura.
A Cia. Marginal
Formado por atores-moradores do Complexo da Maré, a Cia Marginal desenvolve atividades com a organização Redes de Desenvolvimento da Maré desde 2005, além de realizar ações voltadas para a democratização do método de trabalho adotado pelo grupo, com oficinas teatrais oferecidas para jovens da comunidade. A missão da Cia Marginal, atualmente formada por seis atores, é construir soluções de sustentabilidade para a realização de projetos de pesquisa, criação, produção e democratização teatral, através de uma gestão coletiva e participativa. O grupo também busca contribuir para a descentralização da difusão artística na cidade através de um teatro, comprometido com a formação de um pensamento crítico e reflexivo.
Ô Lili
Serviço:
Ô Lili
Período: 10 de maio a 1 de junho
Dias/Horário: segundas e terças-feiras às 21h
Local: Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea) -
Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Gávea.
Capacidade: 124 lugares
Preço: R$ 20,00
Contato: (21)2274.0046
